Em cada sitio fazia um amigo que o convidava para a sua casa, e ele aceitava.
Nas suas longas viagens nunca se sentia só.
As crianças, quando o viam, corriam para ele e brincavam todos até elas se cansarem.
Aceitava quaisquer trabalhos que lhe dessem; no seu entendimento, todo o trabalho lhe ensinava alguma coisa de novo, lhe apontava um novo caminho, uma nova consciência.
Ele continuava ali, calmo e sereno, nada lhe tirava a paz, porque ela andava sempre consigo aonde quer que ele fosse.
Perguntei-lhe se rezava, ao que respondeu:
- Não sei rezar, só sei contemplar.
Ao contemplar, a sua alma diz-lhe no silêncio do caminho: Que harmonioso é o caminho dos que se ligam à espiral de ouro puro, à fonte que nunca esqueceram. Quão belo é o teu caminhar que, num grito de liberdade à vida, expande a maravilhosa criança, que deixa o pranto para se ligar ao Amor.
- Que belo hino de amor da alma à vida.
- Perguntei-lhe se conhecia Deus. Disse-me:
- Aquele que encontrei na minha longa busca pela verdade está comigo todos os dias, são ''Amigos'' de onde não existe espaço nem tempo.
- Como consegues fazer tudo isto, e seres feliz ?? - retorqui.
- Porque faço aquilo de que gosto, e nunca rejeito as oportunidades que a vida me dá. Ao aceitar a vida, ela abre janelas dentro de mim que anteriormente estavam fechadas ao meu entendimento.
- Qual é a tua recompensa ? - perguntei-lhe.
- Quem faz o que gosta não pensa em recompensa, já está recompensado. A recompensa é o Amor que dedicas àquilo que fazes - respondeu com um brilho nos olhos, próprio de um ser livre.
Quem é este Amigo?
- É um Avatar que aceita a vida, e que tem sempre a sua «bagagem» muito leve.
Os Jardins da Sabedoria revelam :
Um Avatar não tem Bagagem, para não se Apegar á Forma.
In Avatar, a Energia Pura do Amor, Carlos Campos
Sem comentários:
Enviar um comentário