segunda-feira, 31 de março de 2014

Arrow



Séries de super herois costumam ter o dom de desapontar. Não apenas a mim, mas ao público em geral.
Costumam ou esquecer as bandas desenhadas, distorcendo os comics, as origens e as personalidades das personagens ou pelo contrário metem-se numa salganhada carnavalesca.

Arrow é uma seta certeira. Provavelmente uma das melhores séries de super-heróis de sempre.
Um estilo que mescla Batman e poderes e que consegue resultar.

Green Arrow é o nome do protagonista - em portugues sempre foi Arqueiro Verde, mas preferindo-se agora uma tradução mais pura - Seta Verde ou apenas Seta.

É uma série que em Portugal passa no AXN e na RTP1, e que conta a história de Olliver Queen, um milionário que viu morrer o pai e quase a vida numa viagem de iate e que durante 5 anos vive numa ilha onde vai ter que lutar para sobreviver. Quando regressa a Star City (Starling city na Tv) ele decide acabar com todos aqueles que tentam corromper a cidade.

A primeira temporada foi para mim abaixo do regular....um satisfaz pouco. Arrow era chamado Hood, os vilões não eram assim nada de especial, e apenas alguns mistérios faziam valer a pena.
Pois bem, a segunda temporada detona tudo e a série tornou-se um MUST.

Acção, super-herois, vilões, tramas mesmo cool tiradas do papel e até aparições do Flash, Esquadrão Suicida, Canário Negro, Exterminador, etc....

A série começou a fazer jus ao seu nome....

Os protagonistas da série - Stephen Amell, Katie Cassidy entre outros são na maioria caras pouco conhecidas, mas conseguem desempenhar bem os seus papeis.
Obviamente que a série não adapta a banda desenhada a 99% mas a uns 75% o que já acho bastante razoável, uma vez que não conheço Qualquer adaptação 90% fidedigna....

Para quem gosta dos filmes recentes do Batman e/ou uma boa série de acção, esta não deve mesmo perder...especialmente agora que começa a tornar-se mais e mais Comic no bom sentido....
o vilão Deathstroke (Exterminador)
Canário Negro e Arqueiro Verde


domingo, 30 de março de 2014

Homenagem a Lahiri Mahasaya



 

Shyama Charan Lahiri (30 de setembro de 182826 de setembro de 1895) foi um grande iogue indiano e o guru de Sri Yukteswar Giri. Mahasaya é um título religioso em sânscrito que significa 'grande alma'.

Ele destacou-se entre os homens indianos sagrados por ter sido um chefe de família. Lahiri viveu com sua família em Varanasi, ao invés de morar num templo ou monastério distante da vida familiar. Mesmo assim, alcançou uma reputação substancial entre os religiosos do século XIX.


A prática espiritual central que ele ensinou aos seus discípulos foi a Kriya Yoga, uma série de práticas interiores de pranayama que prontamente agilizam o crescimento espiritual do praticante. Ele ensinou esta técnica a todos os interessados sinceros, independentemente de sua bagagem religiosa. Com relação à Kriya Yoga, ele disse:

"Sempre se lembre de que você não pertence a ninguém e ninguém lhe pertence. Reflita que algum dia você terá que, de repente, abandonar a tudo neste mundo. Assim, trave agora conhecimento com Deus. Prepare-se agora para a futura viagem astral da morte viajando diariamente no balão da pecepção de Deus. Pela ilusão você se percebe como um amontoado de carne e ossos, que, na melhor hipótese, é um ninho de problemas. Medite incessantemente que você possa rapidamente se saber sendo a Essência Infinita, livre de qualquer forma de miséria. Deixe de ser prisioneiro do corpo. Usando a chave secreta da Krya, aprenda a fugir para o Espírito."

Ou como dizia o Mestre :

Banat, Banat, Ban Jai  - Trabalha, trabalha arduamente e atingiras a Meta Divina!



sábado, 29 de março de 2014

Perder peso através da Orelha

A Auriculoterapia é um sistema independente da acupunctura e especialidade dentro da Medicina Chinesa. 
A aplicação actual da auriculoterapia não se restringe apenas ao tratamento das enfermidades através dos pontos auriculares, este sistema tem-se desenvolvido em relação ao diagnóstico em muitas patologias. Através da auriculoterapia podem ser tratadas cerca de 200 enfermidades, entre as quais estão: enfermidades de carácter funcional, enfermidades de carácter neurótico e psicótico: cefaleias, neurastenia, insónia e dor, etc. 

A auriculoterapia é provavelmente um dos mais antigos métodos terapêuticos praticados na china. Este microsistema já era referido nos textos antigos como o Huang Ti Nei Jing, onde se relata a estreita relação do pavilhão auricular com o resto do corpo.
Auriculoterapia
Em 1947, o Dr. Paul Nogier, publicou alguns trabalhos nos quais expõe a relação existente entre o pavilhão auricular e o resto do organismo, descrevendo inclusivamente, as experiências realizadas com clientes e os óptimos resultados obtidos. Ao que se sabe, ele partiu da observação dos povos do mediterrâneo, que tinham por hábito o uso de pequenas cauterizações na orelha para o tratamento de várias moléstias, conseguindo descobrir uma série de pontos curativos. Ao estudar esses pontos estabeleceu uma ligação entre a posição destes no pavilhão auricular e aquela ocupada pelo feto pouco antes do nascimento. Estes trabalhos do Dr. Nogier foram publicados em jornais de Xangai levando os chineses a acelerarem as investigações sobre esta área, criando vários centros de investigação por toda a China.

Um estudo recente demonstrou que a auriculoterapia, a inserção de agulhas ou tachas em certos pontos da orelha levaram a perder peso mesmo na ausência de dieta ou exercício!!

Num estudo controlado, 92 coreanos foram recrutados - 76 mulheres e 16 homens, todos com excesso de peso, e nenhum a fazer qualquer método de controlo de peso.

Foram divididos em 3 grupos - o primeiro fez auriculoterapia em 5 pontos, o segundo em apenas 1 ponto e o terceiro fez ''falsa acupuntura auricular''.

Foram escolhidos os pontos - Shen Men, Estômago, Baço, Fome e Endócrino. As tachas foram postas numa orelha por uma semana e na semana seguinte foram retirados e postas novas tachas na outra orelha e nos mesmos pontos.

O segundo grupo fez apenas uma tacha no ponto Fome.

Tudo isto ao longo de 2 meses, com apenas algumas recomendações alimentares.

Durante o estudo 24 pessoas (das 92) sairam do grupo - 15 das quais no grupo placebo que fez falsa auriculoterapia.

Mas dos restantes que ficaram no estudo os resultados foram estonteantes.

Houve uma redução de quase 7% do peso no grupo que fez auriculoterapia nos 5 pontos, e 5,5% nos que fizeram apenas num ponto auricular, enquanto o grupo que fez  falsa acupuntura auricular não perdeu qualquer peso.

Sendo de referir que o grupo que fez os 5 pontos teve maiores reduções ao nivel da cintura e gordura abdominal.

A Auriculoterapia é assim não só um Suporte do que é feito na Acupuntura regular, como também por si mesma um tratamento em si.

Possivelmente combinada com Acupuntura abdominal ( e não só), Dieta, alguns suplementos e exercicio dará resultados muito maiores.


Fonte:

sexta-feira, 28 de março de 2014

Previsões do Tarot para Abril (geral e por signo)

  Ás de Paus  e  4 de Pentáculos  

Se Março nos trouxe força mental e um conjunto de situações verdadeiras mas incómodas e frias, junto com a capacidade de usar a mente para vencer objectivos, Abril prende-se essencialmente com a Vontade.

Isto significa que a Vontade Interna torna-se mais importante. Altura de se impor, as energias de Carneiro podem ajudar a isso mesmo, a reflectir esse fogo interno.

Use a sua criatividade, conceba um sonho, entusiasme-se com a vida....E claro, seja Corajoso!!

Ao mesmo tempo existe a precaução, se não souber dirigir esse Fogo, vai-se queimar...Saiba canalizar a vontade, o desejo, este novo afluxo de energia para os planos internos, saiba realizar-se ou corre o risco de colapsar.

Em termos gerais, veremos um bom mês, um novo recomeço em muitos aspectos da vida, cheio de iluminação súbita e  muita energia....mas prudência.

Já o 4 de Pentáculos traz  controlo, posses, desejos, mas não permite mudanças nem desapegos.
Como tal há que aproveitar para controlar o que pode ser controlado, mas há que trabalhar o apego.

Nada é nosso, essa é a Verdade Última.

Não seja avarento, bom mês para se desprender de bens, coisas, dinheiro, abraços, etc....não guarde para si, o que damos recebemos em triplo, por isso....saiba dar.

Sucesso, crescimento material, segurança familiar tudo isso pode conseguir este mês, mas lembre-se ´´Em cada dia que pensas que tens algo, mesmo que seja de uma forma inconsciente, o Universo prepara-se para to retirar.``

No geral:

- Veja o que a sua Alma quer e vá em frente.
- Veja o que pode fazer para melhorar a sua vida
- Aproveite o mês do Dharma - saiba DAR para um dia receber
- Aproveite essas energias de Crescimento, vontade e energia para criar algo para a sua vida
-Mês excelente para limpezas- da casa, papeis, relacionamentos, relações, energeticas, espirituais...tudo pode e deve ser limpo para ajudar a Desapegar.

Deixo algumas frases sobre estas energias de Abril.

'' Se a Morte não viesse, o Novo não viria.``

''Jarro cheio de problemas, não pode acolher a água das soluções!''

'' Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam.Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam.``
Mateus 6:19-20

''É um erro vulgar confundir o desejar com o querer. O desejo mede os obstáculos; a vontade vence-os."
Alexandre Herculano

'' Onde há uma Vontade forte, não pode haver grandes dificuldades.'' 
Maquiavel


POR SIGNO

CARNEIRO
Mês muito favorável. Tenha esperança e confiança. Aproveite para reunir os amigos. Seja mais generoso. Na saúde melhorias, possivel cura de algum problema. Faça uma limpeza espiritual.

TOURO
Mês rápido e cheio de conclusões. Aproveite para encerrar algo da sua vida que anda há séculos para terminar. Muita energia. Mês cheio de novidades. Na saúde estabilidade e fim de algum problema. Faça ginástica ou Chi Kung para ajudar.

GÉMEOS
Os geminianos vão ter um mês um pouco apertado, cheio de responsabilidades. Seja justo e não justiceiro. Seja mais responsavel. Saúde um pouco débil, tome Auroforce para reforça saúde do coração e os nervos.

CARANGUEJO
Estruture mais a sua vida. Bom mês. Saiba dizer não.Aproveite para construir algo para a sua vida, mas sem apegos. Na saúde regular, previna dores na coluna, tome magnésio e faça desporto.

LEÃO
Pode não ser o melhor mês para si. Cuide das suas carências afectivas. Alimente-se melhor. Boa altura para fazer algo pela sua alma- uma viagem, uma ida á Igreja, etc. Na saúde debilidade e agravar de algum problema crónico, vá a um acupuntor ou tome um bom tónico como Zell Oxygen Plus.

VIRGEM
Óptimo mês. Seja mais prático, não se refugie tanto nos locais onde se sente seguro. Vá á luta. Seja verdadeiro. Saúde muito boa, aproveite para mudar a dieta.

BALANÇA
Mês muito bom. Seja mais criativo, use e abuse da sua alma e da sua criança interna. Saiba dirigir a Vontade. Na saúde estabilidade. Aproveite para fazer exercício físico.

ESCORPIÃO
Saiba combater o Bom Combate, fora isso não se meta em confusões. Saiba quando lutar e quando parar. Mês regular. Cuidado com o estômago, mude de alimentação e tome tisanas de camomila, alcaçuz e erva de S.Roberto.

SAGITÁRIO
Não viva no passado, nem o idealize. Traga o problema antigo para o presente e resolva-o com lucidez. Bom Mês para fazer tratamento interno á sua alma. Na saúde cuidado com nervosismo - tome Auroforce e algumas tisanas de Passiflora e Cidreira.

CAPRICÓRNIO
Cuidado com agressividade e mudanças de ideias. Seja mais calmo e terra a terra. Não seja tão nervoso. Mês com muitos ziguezagues, mas com alguma estabilidade. Tome Cardo Mariano para o figado e acalme-se com Cidreira e Espinheiro Alvar.

AQUÁRIO
Mês muito bom. Mostre firmeza mas doçura e paciência também. Mês para actuar. Não seja ansioso. Coisas vão começar a fluir. Saúde estável - apanhe sol ou tome vitamina D3.

PEIXES
Pode ser o seu mês do Amor. Seja amoroso, deia mais amor. Não seja presunçoso. saiba dar para poder receber. Deus está consigo, seja mais espiritual. Saúde excelente, mas reforce com vitaminas do complexo B ou tome pólen de abelha.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Phil's-osophy 2











A Vida que ignoramos



A maioria de nós é bastante indiferente ao extraordinário universo à nossa volta; nós nunca assistimos ao ondular das folhas ao vento; não olhamos para a erva , não a tocamos com a mão e apreciamos...

Digo ser essencial o sentimento profundo pela vida e não permanecer preso entre ramificações intelectuais, discussões, buscar aprovações em exames, citar e deixar alguma coisa de lado e argumentar que aquilo já foi dito.A mente não é o caminho. O intelecto não resolverá os nossos problemas; o intelecto não nos concederá a nutrição inexaurível. O intelecto pode raciocinar, discutir, analisar, chegar a uma conclusão por inferências e assim por diante, mas o intelecto é limitado, uma vez que é resultado de nosso condicionamento.

Mas a sensibilidade não é limitada. A sensibilidade não se submete a condicionamentos; ela retira vos , de maneira directa, do espaço de medos e angústias. Nós gastamos dias e anos cultivando o intelecto, argumentando, discutindo, lutando para ser alguma coisa e assim por diante. E contudo, este extraordinário e belo mundo, esta terra tão rica – não a terra de Bombaim, a terra Punjab, a terra russa ou a terra americana – esta terra inteira é nossa, sua e minha, e isso não é palavreado sentimental; isso é um fato. Mas infelizmente nós dividimos-la por nossa insignificância, nosso provincianismo. E sabemos por que o fizemos, para nossa segurança, por melhores e mais empregos. Esse é o jogo político que continua a ser jogado pelo mundo afora, e assim esquecemos de sermos seres humanos, de vivermos felizmente nesta terra que é nossa, de fazermos alguma coisa por ela.

Krishnamurti

quarta-feira, 26 de março de 2014

In-side


Fortaleça o observador dentro de você. É preciso reconhecer que a mente é apenas um lugar de peregrinação por onde passam os pensamentos. Assim você não mais se identifica com o que é transitório. Esse trabalho deve acontecer de momento em momento; você se renova e renasce a cada instante. Uma fração de segundo já foi - volte para o presente. Você só encontra o Divino na presença. A identificação com o eu inferior ocorre através da identificação com o tempo psicológico. Isso significa que você sofre somente porque sua mente está presa no passado ou no futuro.”

Sri Prem Baba

segunda-feira, 24 de março de 2014

25 de Abril

E que tal celebrarmos o 25 de Abril com uma t-shirt com Capitão Salgueiro Maia...um Che portugues??
Ou usar as mesmas como forma de manifestação por um pais melhor?

Pensem e divulguem....acho que seria uma grande homenagem

Ancião dos Dias

Amigo (a), por favor, olhe para a abóbada celeste e se pergunte:
"Quem criou essa imensa tapeçaria estelar?"
E, depois, olhe para quem você ama, e se admire.
Porque, quem criou o seu Amor, também criou as estrelas.
Mas, para ver isso, é preciso olhar com outros olhos.
Ou, melhor dizendo, perceber o Eterno com o coração.
Ah, quem criou as estrelas e o Amor, também criou você.
A mesma Mão que teceu o cerne da Existência sustenta o seu viver.
Sim, a Mão do Ancião dos Dias, que sustenta os sóis e o seu coração.
E, mesmo que você seja cético (a) quanto a isso, há um Grande Amor em seu Ser.
E nada pode alterar isso. Nem mesmo suas dúvidas e dissensões espirituais.
Por favor, olhe a imensidão estelar e pergunte-se: 
"Quem criou isso tudo, também me criou? E fez o Amor acontecer em mim?...
Fez-me amar e sorrir? Tornou-me menino (a) e encheu-me de vida?..."
Ah, quem teceu o Grande Mistério o conhece melhor do que você mesmo.
Quem criou o Amor, também ama. E isso é assim...
Então, admire-se. Olhe para quem você ama - e também para o Céu.
Pois o Poder que criou as estrelas é o mesmo que está em seu coração.
E quem ama, sabe. E se admira muito...

Paz e Luz.
Wagner Borges

domingo, 23 de março de 2014

Reflexões internas


Darrell Bush - Reflecting on Golden Pond
*
Por momentos pensei em anexar este texto ao video anterior. Creio que seria muito útil dedicarem 61 minutos ao video anterior, em que Krishnamurti fala sobre Lucidez.

Krishnamurti tem uma linguagem muito própria...linguagem desprovida de linguagem, de modo a que consigamos obter meia imagem e a outra meia através dos nossos meios não linguísticos, ou seja ele refere-se a uma realidade abstracta que não conseguimos transmitir ou vivenciar pelo uso da palavra, seja ela falada, escrita ou pensada.

Conceitos como lucidez, linguagem, liberdade, ausência de autoridade, ausência de passado, observar o medo, são tudo conceitos poderosamente abstratos que não podem ser resolvidos de modo linguístico, ou seja, quanto mais envolvemos a linguagem mais estamos a trabalhar filosoficamente e retoricamente mas não a fazer nada quanto a isso.

Reflicto sobre a ausencia de Autoridade. Todos buscamos autoridades ou fugimos das autoridades. A autoridade de um pai, de um médico, de um professor, de um herói, de um conselheiro. A autoridade de nós mesmos, do nosso passado, das nossas crenças. Krishnamurti diz algo interessante - temos 2 tipos de autoridade - externa e interna - externa a dos outros que devemos fugir - de que servem as crenças dos outros, nunca poderei descobrir ou indagar Deus através dos outros, então porque devo crer nas suas crenças?? E ao mesmo tempo a autoridade interna - a nossa - será que a minha autoridade é mesmo minha, ou reflecte o meu passado, os meus traumas, os meus medos, a minha infância, as minhas características biológicas e orgânicas ?

Depois ele diz-nos que tanto a autoridade interna como externa devem ser  afastadas, mas para isso a pessoa precisa de observar o medo. O medo ao ser analisado desvanece-se. Também o medo vive do passado. Todos os medos segundo ele são o mesmo em Unidade. O Medo é apenas um factor da mente e, e a mente não é o observador, não é em ultima instância a Consciência de Eu.

Para Krishnamurti a mente é algo como um instrumento que fomos adquirindo e fomos montando mas que apesar de util não nos devemos identificar com ela. O pensamento é sempre o resultado de outras autoridades - a da sociedade, a dos conceitos, a das vivências. Por isso a própria mente, mente!!

Ao perceber que o medo apenas vive na mente, que a mente é algo que temos que enfrentar, leva-nos ao conceito de tempo. O passado é o grande monstro. Segundo ele 99% do tempo oscilamos entre o passado e o futuro, dedicando apenas 1% ao presente.
Quando pensamos estamos no passado.
Quando olhamos para o futuro também estamos a fazê-lo por meio da mente que vive no passado.
Se toda a mente foi formada pelo passado, pela absorção de medos e autoridades, tudo isso leva a que 99% das nossas vidas são uma mentira, uma vez que vivem de projecções.

O passado continua vivo mesmo quando olhamos para o futuro. Não queremos algo mau do passado, queremos algumas coisas boas que vivemos ou nos incutiram no passado e desejamos para o futuro. Tudo em nós é passado.

A única parte verdadeira em nós, é a parte chamada consciência e essa infelizmente apenas ocupa 1% do nosso tempo.

Quando olhamos por um momento uma bela paisagem, sem fazer juízos de valor, sem pensar em nada, isso é o presente. Mal começamos a rotular, a pensar em algo do passado ou futuro, a comentar o que seja estamos já a contaminar o presente.
Por isso todos os conceitos que temos são inúteis. Porque???
Porque vêem dos outros, vêem de uma consciência mental nossa baseada noutras percepções, vêem de medos e temores, vêem do passado.
Só existe futuro ao iniciar uma vida nova. E só podemos viver assim ao indo ao âmago de nos mesmos e começando a ver a mente como um intruso que é, um mero bisturi que podemos usar e não como algo que somos.

Obviamente que se tudo isto continuar no nível linguístico, feito de palavras, palavras feitas de conceitos, conceitos de autoridades então voltamos a nos perdermos. Podemos até pensar que estamos livres e continuamos presos, talvez ainda mais presos.

O que concluir ?
Nada, apenas reflectir....

Ser como nada é essencial. Assim como um copo só é útil quando vazio, assim somente quando se é como nada, é possível receber a graça de Deus, a Verdade, o que você quiser.
Jiddu Krishnamurti



*imagem de Darrell Bush

quinta-feira, 20 de março de 2014

Impermanência, por Joseph Goldstein



A PRÁTICA DA IMPERMANÊNCIA
Uma entrevista com Joseph Goldstein
Revista Inquiring Mind (edição 2000), tradução Acesso ao Insight
Inquiring Mind: Como você descreveria impermanência?
Joseph Goldstein: Impermanência é a verdade básica universal e constante da mudança. Impermanência é, ao mesmo tempo, um processo contínuo de perda, no qual as coisas existem e então desaparecem, e um processo contínuo de renascimento ou criatividade no qual as coisas que não existem repentinamente aparecem. Podemos ver isso momento a momento na meditação. Por exemplo, sons, pensamentos ou sensações continuamente desaparecendo e novos surgindo. Podemos, também, ver isso claramente em situações corriqueiras das nossas vidas. Onde foi parar nossa experiência do café da manhã lá pelo fim da manhã? Onde ficou aquela conversa que tivemos com um amigo, no dia seguinte? Algumas vezes, estamos mais conscientes das coisas novas que estão surgindo, e outras, notamos o seu desaparecimento. Mas, a mudança é sempre óbvia quando prestamos atenção.
Eu acho muito poderosa a prática de prestar atenção, momento a momento, na experiência da mudança. Ao invés de somente ficar perdido no conteúdo do que está acontecendo, é possível, simultaneamente, prestar atenção ao fato de que a experiência está se alterando e fluindo. Isso não é uma coisa tão difícil de se fazer, mas é mais difícil lembrar de fazê-lo.
Sermos capazes de manter essa perspectiva da natureza transitória da experiência, mesmo quando estivermos passando por ela, ajuda a aliviar a ansiedade na nossa mente. Daqui a seis meses, será que nos lembraremos da raiva ou tristeza ou mesmo da alegria desse momento? Isso não significa que não devamos ser sensíveis ou responsáveis pelo que está acontecendo ao nosso redor, mas deveríamos sim olhar com o entendimento de que tudo está sempre mudando. Nós sabemos dessa verdade de forma abstrata mas com frequência, não desfrutamos dessa sabedoria. O ponto principal, realmente, é como usar a impermanência como um método para libertar a mente.
I.M: Nós vemos a mudança acontecendo ao nosso redor, mas não é ainda mais importante ver que nós mesmos estamos mudando?
J.G: Esse é um ponto importante. Ver impermanência não será tão eficiente se ainda acreditarmos que o observador é sólido ou concreto. A consciência da impermanência deve incluir o observador, nós mesmos, para que ela seja um lugar de libertação real. Isso pode ser muito sutil. Poderemos até saber que nossos pensamentos e sentimentos se mantêm mudando constantemente, mas será que investigamos a exata natureza da nossa mente que sabe? O que é consciência, e, ela é impermanente também? É claro que é fácil para mim, fazer estas perguntas, sentado aqui enquanto converso com você. O desafio real é olharmos profundamente e vermos por nós mesmos (ou não-nós mesmos).
I.M: S.N. Goenka faz com que seus estudantes foquem na impermanência das sensações físicas, como um meio de conscientizar que o observador está também em processo de mudança.
J.G: Essa é uma prática muito poderosa para muitas pessoas. E quanto mais for praticada, mais a pessoa poderá ficar consciente ao longo do dia.
I.M: De que outras formas podemos cultivar a habilidade de estarmos mais conscientes da impermanência no nosso dia-a-dia?
J.G: Coloque um grande aviso na geladeira: “Preste Atenção à Mudança”! (Risos) A consciência da impermanência é completamente acessível o tempo todo. Acho que existe uma crença enganosa nos círculos do dhamma, de que o insight profundo só pode vir durante retiros intensivos. Eu aprecio verdadeiramente o que acontece nos retiros, mas a natureza do mundo e a natureza das nossas mentes são exatamente as mesmas se estivermos em retiro ou fora dele. Saia para uma caminhada, abra a porta, ou mesmo movimente a sua mão. Impermanência está sempre ali. Note o que acontece em cada simples atividade durante o dia. Sons, visões, sensações e pensamentos estão continuamente mudando. Quanto mais notarmos isso, menos nos agarraremos e nos apegaremos. Quanto menos agarrarmos e nos apegarmos, mais tranqüilidade e liberdade haverá na mente. É muito simples, embora, como meu primeiro professor, Anagarika Munindra, sempre dizia: “Não é fácil”. Prestar atenção é algo que temos de praticar.
I.M: Agora, enquanto conversamos, você está com a atenção plena na impermanência?
J.G: Obviamente, a maioria das pessoas, e eu me incluo, não vive continuamente num estado de constante atenção plena na impermanência. Mas nós podemos ter a experiência dessa verdade muitas vezes todos os dias. Mesmo agora, podemos perguntar, “Onde ficou o início da nossa conversa? Onde ficou a experiência que tivemos quando pusemos a fita no gravador?” Já desapareceram. A experiência se mantém fluindo e mudando o tempo todo e o que estava aqui há trinta segundos atrás, já não está mais aqui,. Acho isso realmente um pouco mágico, um pouco misterioso ter essa consciência. Eu faço isso sempre que me lembro. Não é necessário nenhum tipo especial de estado mental e está sempre acessível.
Uma imagem que gosto de usar é a de estar num cinema e ser totalmente envolvido pela trama da estória. Então, de repente nos lembramos que estamos assistindo a um filme e naquele momento a magia é quebrada. Essa é uma boa analogia de como vivemos, com frequência : estamos completamente perdidos num filme, mas nada substancialmente importante está realmente acontecendo.
I.M: Algumas pessoas chamariam a sua afirmação de muito niilista. Você está dizendo que nada está acontecendo aqui realmente?
J.G: Quando digo que nada realmente está acontecendo, quero dizer que aquilo que está acontecendo não é o que pensamos. Um exemplo comum utilizado na literatura Budista é o de um sonho. O sonho está realmente acontecendo? Bem, está acontecendo realmente como um sonho. Nossa delusão é que nós não sabemos que é um sonho, então somos agarrados pela situação. Podemos fazer da nossa realidade um sonho lúcido? Quando prestamos atenção à impermanência, isso nos ajuda a acordar. Podemos também falar em termos de níveis absolutos e relativos de realidade e da união dos dois. Podemos estar totalmente engajados no nível relativo e ainda ter uma compreensão da perspectiva absoluta, da qual vemos a natureza impermanente dos fenômenos. Só então, poderemos estar engajados na experiência sem fixação e sem delusão. Ver a impermanência não implica numa falta de empatia ou falta de vínculo. De fato, com a consciência da impermanência existe muito menos uma noção de eu e outro, então uma pessoa pode se sentir ligada num nível mais profundo. Se não estivermos identificados com nenhum aspecto da experiência, incluindo a mente que sabe, então o que fica é a compreensão da inter-relação básica, o um nascido do zero. Kalu Rinpoche expressou isso tão claramente quando disse: “Nós vivemos na ilusão da aparência das coisas. Existe uma realidade. Nós somos essa realidade. Quando entendemos isso, vemos que não somos nada. E sendo nada, nós somos tudo. Isso é tudo”
I.M: A verdade da impermanência está se tornando bastante aparente para a grande maioria de membros da sangha ocidental que está entrando nos anos e notando a impermanência nos cabelos, dentes e na força dos músculos. Quais são as suas reflexões a respeito do processo de envelhecimento?
J.G: Acho que ver a impermanência do corpo pode levar a uma das duas direções. Obviamente, podemos sentir muito desconforto sobre a natureza decadente da nossa carne e ossos, o que significa que ao mesmo tempo estamos identificados com o nosso corpo. Se nos vemos sensíveis ao nosso envelhecimento, isso revela onde estamos presos o que pode ser de grande ajuda no nosso processo de nos soltarmos disso. Mas se observarmos nossa impermanência física com a compreensão de que o corpo é desprovido de um eu, que ele é uma combinação de elementos básicos, então ver sua natureza deteriorante pode ser libertadora. Tem sido de grande ajuda para mim, lembrar que a mudança não é um erro. É assim que as coisas são. Portanto, ao experimentar o envelhecimento do corpo, meu mantra se transformou em: “É assim que as coisas são.” Emaho

terça-feira, 18 de março de 2014

Igreja pós 2012

2012 era o chamado Ano da transformação...mas passou e nada aconteceu.
Talvez, não tenha ocorrido nada de grandes proporções mas tenha iniciado algo a um nivel muito mais interno.

A Era de Aquário segundo alguns iniciou-se no final de 2012. A Era de Peixes terminou.
O Grande simbolo de Peixes era a Igreja Católica. Nascimento de Jesus marcou 2000 anos de história - desde o Império Romano à Idade Média, trazendo uma instituição como Grande portadora do Filho de Deus.

Pois bem, menos de 2 meses apos 2012 dá se uma revolução - Um Papa resigna. A 12 de Fevereiro anuncia-se ao mundo. Algo verdadeiramente raro.
Curiosamente um papa considerado por muitos frio, teologico e absurdamente conservador - um papa que usava prada!

E então após esse acontecimento, marcado curiosamente por cair um meteoro na Rússia ( lembrai-vos das profecias de Fátima que sempre evocaram a Rússia), surge um novo Papa - Francisco.

O Papa Francisco talvez seja mais simples que João Paulo II, produzindo não só declarações bombásticas, como renovando a Igreja Católica, expurgando o conservadorismo da cúria e indo ao encontro da mensagem de Cristo - simplicidade, entrega e amor.

É o primeiro Sinal de um pós-2012.

E curiosamente a 13 de Outubro faz a Consagração do Mundo a Maria...na mesma altura o meteoro é recuperado. Existindo assim uma analogia oculta que não se consegue ainda bem discernir.

2013 começa a trazer algo muito antigo de volta, que 2014 acentua - a Rússia parece estar a querer voltar aos velhos tempos....

O tempo dirá como as Instituições de Peixes e o Mundo reagirá á Era de Aquário...mas na verdade algumas mudanças já se estão a dar...resta saber se para melhor ou não.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Star Trek 2009



Há uns dias passou no Hollywood o filme Star Trek, de J.J.Abrams.
Sempre gostei de Star Trek, mas nunca fui fanático e se me perguntassem se preferia esta saga à de Star Wars, provavelmente a segunda ganharia por muitos pontos.
Mas sempre foi uma saga interessante.

Infelizmente os filmes recentes nunca tinha ido ver ao cinema...ontem pude ver.
Devo confessar que estava um pouco reticente ( Abrams tem feito um bom trabalho em Alias, Lost), mas como director...como seria.

Confesso que gostei bastante do filme. Fiquei rendido.
Não só está bem construido, personagens clássicas redesenhadas mas muito cativantes, acção e muita diversão.

Chris Pine, Zachary Pinto e Eric Bana tiveram muito bem...dando consistência ás personagens, renovando obviamente a história em detalhes e novos clichés, mas conseguindo transmitir um pouco do misticismo dos primeiros Star Trek.

Gostei mesmo muito...tenho muita pena que actualmente nenhum canal de cabo, como a RTP Memória, que em vez de apostar em coisas que ninguém vê apostasse em voltar a passar todas as sagas.

J.J. Abrams está aprovado!

terça-feira, 4 de março de 2014

37 anos depois ....Quem daria um bom Blofeld?


Agora que a Danjaq conseguiu de novo os direitos da SPECTRE e Blofeld volta o rumor que os próximos filmes tragam de volta o arqui-inimigo de James Bond 007.

E agora,,,que actor daria um bom Blofeld ?



sábado, 1 de março de 2014

Meditação conduzida por Swami Dayananda Saraswati

<Sente-se de forma calma e relaxada, longe de coisas que o desconcentrem e leia com atenção e calma...espero que gostem >


OM...

Sente de forma relaxada.
O relaxamento não é uma coisa física.
Você não faz nada para relaxar.
As pessoas ficam tensas para relaxar,
mas relaxar é somente uma atitude.

Você tem um encontro com você mesmo.
Não necessita de um amigo.
Não necessita de nenhuma fachada,
de nenhum fingimento,
e muito menos de nenhuma tensão.
Você vai ser apenas você mesmo.

Você não é
nem marido nem esposa,
nem mãe nem pai,
nem doutor nem filho,
nem tio nem primo,
nem vizinho nem amigo,
nem empregado nem empregador...
Você é somente uma pessoa.

Você não é
nem pobre nem rico,
nem velho nem moço,
você é somente uma pessoa.
E, portanto, apenas relaxe.

Assim como você está,
sem nenhuma mudança de sua parte,
você pode descobrir a você mesmo
como uma pessoa que é livre,
que é simples
e que não é uma personalidade.

Visualize mentalmente o céu, à noite,
limpo, claro, e as estrelas.
Ao ver o céu e as estrelas,
você se vê em relação a eles
como uma pessoa que não está exigindo nada.
Você não deseja que o céu seja diferente,
ou que as estrelas sejam diferentes.

Veja você mesmo como é, o que você é.
Não vê que é uma pessoa simples,
consciente e apreciativa...
Isso é o que você é.
Você pode ser essa pessoa em relação a qualquer situação.

Se essa pessoa deseja, ela é criativa.
Se essa pessoa delibera, questiona,
o questionamento em si é fascinante.

É essa pessoa que se torna amorosa em relação a alguém.
Se esse alguém merece compaixão,
o amor se torna compaixão,
porque essa pessoa não está condicionada por gostos e aversões.

Essa é uma pessoa simples, amorosa,
que se torna compassiva, compreensiva, prestativa, generosa,
e naturalmente de acordo com a situação.

Em meditação, tudo o que você faz
é reduzir os fatos aos fatos.

Você é uma pessoa consciente, apreciativa
em relação ao céu e às estrelas.

Da mesma forma pense sobre o Sol,
seja um Sol quente ou um Sol poente.
Você não tem reclamação a fazer pelo que ele é.
Seja o Sol de verão, seja o de inverno,
aceite o Sol como ele é.
Se não suportar o calor, vá para um lugar fresco,
mas aceite o Sol como ele é.

Da mesma forma em relação aos vários planetas,
você não tem reclamação a fazer.
Júpiter, Mercúrio, Marte, Vênus, Saturno...
Tome esses planetas como eles são.

Visualize um grupo de nuvens.
Você é apenas uma pessoa
que aprecia o fato de que há nuvens.
Agora está chovendo.
Aceite a chuva como ela ocorre.

Olhe para a Terra.
O fato de ser um globo não incomoda você.
Por ela estar inclinada a se mover ao redor do Sol,
você não tem reclamação a fazer.

Por ter oceanos e continentes,
por ter montanhas e vales,
por ter rios e riachos,
por ter lagos e lagoas
e por ter florestas e desertos,
você não tem reclamação a fazer.

Na Terra existem plantas, árvores e trepadeiras,
flores e frutos, hortaliças e legumes.
Alguns você pode gostar, outros não.
Veja aqueles de que não gosta como simples vegetais.
Aquelas frutas de que você não gosta, tome-as como simples frutas.

Se você tem uma casa com um gramado,
a grama é o que você deseja,
e as outras plantas você chama de ervas daninhas.
Você tem raiva delas.
Mas não, não são ervas daninhas. São apenas plantas.

Se você criasse capim, a grama seria erva daninha.
Se você quiser, pode removê-las,
mas que não haja raiva de sua parte.
Tome-as como elas são.

Da mesma forma em relação aos animais.
Os animais selvagens e domésticos,
os carnívoros e os herbívoros,
as diversas variedades de animais,
incluindo os insetos,
tome-os todos como eles são.
Se você despreza algum deles,
se você não gosta de algum deles,
traga esse animal à sua mente.
Olhe para ele. Tome-o como ele é.
Você não pode ter raiva de um mosquito ou mosca.
Eles são como são.
São feitos para agir como agem.

Faça o que deve ser feito para evitá-los,
para mantê-los longe,
e até mesmo para eliminá-los,
se são prejudiciais à sua saúde,
mas não tenha raiva.
Tome-os como eles são.

Da mesma forma, olhe para a humanidade.
Que variedade de seres humanos nós vemos!
Há diferentes raças: a mongólica, a negra,
a branca, a mestiça, como temos aqui...
Cada raça tem traços peculiares.
Tome-as todas como elas são.
Olhe as maneiras de vestir e os modos de vida,
as comidas e os hábitos de comer,
as formas de música e de dança,
as várias línguas e dialetos,
as diferentes religiões e seus conceitos de Deus,
as formas de oração e culto, mesmo as cerimônias estranhas,
e tome-as todas como elas são.
Se você quiser, se estiver convencido
de que elas podem ser melhoradas de alguma forma,
então faça o que deve ser feito,
mas tome-as todas como elas são.
Elimine totalmente de sua cabeça as zombarias étnicas.

Olhe para o seu próprio país e as diferentes pessoas.
Tome-as todas como elas são.
Os brancos, os mulatos, os negros...
Tome-os todos como eles são.
Se você pode ajudar uma determinada comunidade,
faça o que puder para ajudar para melhorar sua saúde e bem-estar,
mas tome-os como eles são.

Tome as pessoas como elas são.
Se você não gosta ou despreza alguém pela sua cor, etc.,
traga essa pessoa à sua mente.
Veja essa pessoa como ela é,
sem desprezo, sem desgosto,
e apenas aprecie a pessoa como ela é.
Você tem que se descondicionar.
Tem que ser uma pessoa, não uma personalidade.
Você não é uma personalidade, é uma pessoa.

O governo, tome-o como ele é.
Não tenha raiva pela sua política.
Se quiser, tente modificar o governo.
Não tem nenhum sentido reclamar consigo mesmo e não fazer nada.
As pessoas que comandam o governo também são como você.
Elas fazem o que podem.
Se são incapazes... bem, são incapazes.
Se você é capaz, faça alguma coisa.
Se você acha que alguma política melhor pode ser iniciada,
faça o que puder.
Pelo menos escreva uma carta para o seu jornal.
Tudo o que eu digo é: aja! Faça o que puder!
Mas não deixe que eles criem em você a reação
de raiva, frustração e desespero.

As pessoas com quem você trabalha,
tome-as todas elas como são.
Se há uma pessoa ou pessoas que lhe perturbam,
que lhe fazem ficar com raiva...
bem, tome essas pessoas como elas são.
Se você não é compreendido por elas ou não as compreende,
tente se fazer entender ou tente compreendê-las.
Lembre-se de que cada um tem uma mente,
e cada um segue os ditames de sua mente.
Você pode reprogramar a pessoa, pode mudar a pessoa,
mas você pode não ter a habilidade para fazer isso.
Portanto, tome as pessoas como elas são e faça o que puder.
Cada um tem suas limitações, cada um tem suas virtudes.
Se acha que é impossível trabalhar nesse lugar,
procure outro emprego, mas aceite as pessoas como elas são.

Olhe para seus pais.
Seu pai, aceite essa pessoa como ela é.
Sua mãe, aceite essa pessoa como ela é.
Suas limitações, suas virtudes,
tome-as todas como elas são.
Por trás de suas exigências existe sempre um amor.
Um amor que deseja,
que deseja que você seja grande, que seja alguma coisa.
Eles têm um ideal de você:
que você seja grande à sua própria imagem.
Bem, eles são humanos. Portanto, aprecie o seu amor.
Você descobrirá que não tem nada contra eles, mas é grato a eles.
Pelo menos há pessoas na vida que se preocupam com o seu bem-estar.
Tome-os como eles são.
Se pode comunicar-se com eles, comunique-se.
Se quiser que haja alguma mudança em seus valores,
por favor tente mudá-los,
mas tome-os como eles são.

Olhe para seu parceiro na sua vida,
tome essa pessoa como ela é.
Sua aparência, sua capacidade, suas habilidades,
suas emoções, seu conhecimento, sua história...
Tome essa pessoa como ela é.
Aqui está uma pessoa com quem você partilha a sua vida.
Não é importante que você a tome como ela é?
Pode haver uma vida feliz se a pessoa não é
tomada como ela é?

Quando você exige, você não compreende.
Quando rejeita, também não compreende.
Tome a pessoa como ela é, e descobrirá
que você tem todo o amor para compreender.
Nessa aceitação você descobrirá
que tem uma atmosfera de amor
na qual todas as mudanças,
e mudanças miraculosas, são possíveis.

Seus filhos, olhe para eles como pessoas independentes.
Eles não são como suas mãos e pernas. Não são parte de você.
Cada um é uma pessoa independente,
com corpo, mente e alma.
Portanto, olhe para eles como pessoas independentes
que estão crescendo sob seu amor, cuidado e orientação.
Tome-os como eles são e faça o que deve ser feito.

Tome o seu físico como ele é.
A altura do corpo, não há nada de errado nela.
O peso do corpo, não há nada de errado nele.
Se você quer reduzí-lo, faça alguma coisa para isso,
mas aceite o corpo como ele é.
A cor do corpo,
homem ou mulher,
jovem ou velho,
tome o corpo como ele é.
Não existe o que pode ser chamado de corpo bonito ou feio.
Existe apenas um corpo vivo ou um corpo morto.
E você tem um corpo vivo.
Se ele não é saudável, faça-o saudável.
Faça o que puder, mas não existe um corpo feio.
Aceite isso. Aceite o corpo como ele é.
Seja feliz, pois você tem um corpo vivo.

Aceite a mente. Seus humores, suas mudanças,
suas raivas, invejas e ciúmes...
apenas aceite a mente como ela é.

Seu conhecimento, suas limitações... aceite-as.
Aprenda. Continue aprendendo.

Suas memórias, tome-as como elas são.
Que não haja nenhuma memória passada que lhe incomode.
Traga todas as memórias desagradáveis,
uma depois da outra, e olhe-as de frente.
Então, aceite a sua ignorância e continue aprendendo.

Você é consciente da ignorância, das memórias, do conhecimento,
da mente e de seus condicionamentos,
dos sentidos, do corpo, do mundo...
Essas palavras são o mundo para você agora.
Você está frente ao mundo das palavras.
Essas palavras são ouvidas em você, consciência.
Essas palavras não perturbam a você, consciência.
Você não vê que é uma pessoa simples e consciente,
ou uma pessoa que é simplesmente consciência.
Livre da culpa é você, consciência.
Livre de mágoa é você, consciência.
Não vê que é uma pessoa que é simplesmente consciência?
Não vê que consciência e silêncio são idênticos?
Não vê que as palavras que ouve agora
não perturbam a consciência e muito menos o silêncio?

Você é, na verdade, o silêncio.
Esteja a mente pensando ou não, você é silêncio.
Isso é diferente de um silêncio
que é uma trégua entre duas agitações.
Você é silêncio porque é consciência.

OM... OM... OM...

Quando escuta esse som você é consciência, silêncio.
Quando não escuta esse som, você é consciência, silêncio.

OM... OM... OM...



Essa meditação na vida diária

Todos os dias, antes de ir para a cama, faça essa meditação. Ela neutralizará os problemas do dia. Também poderá começar o dia com ela, se tiver tempo. Mas tenha certeza de terminar o dia com essa meditação. Dessa forma, não haverá resíduos. Os problemas do dia serão neutralizados antes de você ir para a cama. Você irá para a cama como uma pessoa, não como uma personalidade. Levantar-se-á como uma pessoa, não uma personalidade.

Uma blasfémia chamada Deus

 Deus é uma blasfémia. O Deus de Isaac, de Jacob, de Jesus, de Krishna ou que nome seja. Deus é amor diz São João. Onde está esse amor quand...