sábado, 21 de janeiro de 2017

Religiões são árvores que deixaram de saber dar fruto


''Todo o propósito da educação espiritual é produzir uma mudança no viver, naquilo que se faz e não como se faz.
Não é uma questão de concordar com alguma doutrina, dogma ou fórmula se há ou não alma, se ela transmigra após a morte ou não, se o mundo foi criado em uma determinada época ou não.
Como o Buda disse, "quer essas opiniões ou seus opostos sejam sustentados, mesmo assim há renascimento, há velhice, há morte e pesar, lamentação, sofrimento, dor e desespero... eu não expus essas opiniões porque elas não conduzem à extinção do anseio, à tranquilidade e ao nirvana".
A vida espiritual não é essencialmente uma questão de crença em algo, embora esta possa lhe ser relevante em certo estágio de desenvolvimento. É uma questão de viver, buscar, lutar, vencer etapas. É um esforço de se tornar naquilo que, em termos comuns, não se é: livre.
(...)
Nenhum louvor, por mais solene o modo pelo qual seja entoado, pode por si mesmo produzir compreensão e mudança. "Nem todo aquele que me diz "Senhor, Senhor" entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus.
(...)
O grande santo e poeta Kabir diz:
Idades se passaram virando as contas,
Mas o virar do coração não ocorreu.
Ponha de lado as contas da mão,
E vire as contas do coração

Teólogos, filósofos, pregadores usam palavras, mas não "palavras de experiência"; na maioria dos casos, não têm autoridade, pois não "levantaram a cortina". Eles não possuem a sabedoria da outra margem; meramente correm para cima e para baixo nesta margem, gritando slogans e tentando converter uns aos outros, muitas vezes a fim de aumentar o sentido de sua própria importância e segurança.

Ravi Ravindra, in Sussurros da outra margem


Uma blasfémia chamada Deus

 Deus é uma blasfémia. O Deus de Isaac, de Jacob, de Jesus, de Krishna ou que nome seja. Deus é amor diz São João. Onde está esse amor quand...