sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

I am what i am

   O rabino Zuya queria descobrir os mistérios divinos. Por isso, resolveu imitar a vida de Moisés. 
     Durante anos, tentou comportar-se como o profeta - sem conseguir os resultados esperados. Certa noite, exausto de tanto estudar, terminou adormecendo. 
     No sonho, Deus lhe apareceu:
     - Por que você está tão perturbado, meu filho? - perguntou. 
     - Meus dias na Terra terminarão, e estou longe de chegar a ser como Moisés - respondeu Zuya. 
     - Se eu precisasse de outro Moisés, já o teria criado - disse Deus. - Quando você aparecer diante do mim para o julgamento, não perguntarei porque não foi como Moisés, mas quem você foi. Procure ser um bom Zuya.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Rene Mey fala das emoções positivas

A Cura dos Apegos, por Trigueirinho



Sabemos que o apego é um obstáculo que um dia todos teremos de superar. Ele surge quando não compreendemos o la­do interno da vida e não esta­mos em contato com a essência das coisas. Por falta desse contato, fi­camos habituados à forma externa e nos apegamos a ela.
Em nosso convívio com os demais, é como se considerássemos somente o corpo, o rosto, a personalidade das pessoas, esquecemo-nos de que em sua verdadeira essência elas são al­mas, e de que, como almas, estão presentes em todos os lugares.
Muitos de nós gostaríamos de nos tornar mais desapegados. Mas co­mo fazer is­so? Como encontrar a essência das coi­sas, como não nos prender a aparências? Temos muitos vícios de pensamento e hábitos de linguagem, e chegamos a dizer coisas que, se pensássemos melhor, veríamos que não correspondem à realidade.
Dizemos, por exemplo: “Aquela espécie de pássaros desapareceu”; ou: “Aquele homem morreu” e assim por diante. Na verdade, é um engano dizer que as coisas acabam ou morrem, pois não é isso o que de fato acontece: na verdade, é a essência das coisas que transmigra; sai de uma forma e entra em outra.
Portanto, nada acabou quan­do uma espécie de pássaros já não é vista no plano físico. E nada acabou quando se diz impropriamente que uma pessoa morreu. Dentro das novas espécies de pás­saros permanece a essência das espécies extintas; e dentro das pessoas que estão nascendo hoje encontra-se a essência que habitava corpos de outras épocas.
Nada se perde, tudo evolui. Ter consciência disso é o primeiro passo para nos desapegarmos das formas externas, concretas. Depois, numa segunda etapa, desapegamo-nos de coisas mais sutis, como, por exemplo, as afetivas. A vida pode levar-nos a mudar de atividade externa várias vezes. Nossa intenção de servir e de melhorar, e não a forma externa das atividades, é o fio que as pode interligar, dando-nos impressão de coerência e harmonia e não de percalços e contrastes. Se consideramos as mudanças como se fossem incômodas, as transformações podem parecer-nos drásticas.
 Entretanto, não há diferença alguma entre as várias atividades quando as exercermos com o mesmo espírito. O espírito com que se fazem as coisas, isso é o importante — e não tanto o que se faz. Convivem harmoniosamente no universo energias que constroem e energias que destroem. As primeiras criam e alimentam formas. As últimas possibilitam que a essência abandone as formas que já não lhe cor­respondem.
Ambas as energias são necessárias para que a vi­da prossiga seu curso. Como o espírito que nos move poderia realizar um trabalho de crescente qualidade, se a certa altura não surgisse outra forma para ele animar? A cura dos apegos soluciona os mais diversos problemas. Podemos en­tão encontrar resposta para muitas perguntas: Como en­con­trar a essência das coisas? Como faço para me desapegar de uma idéia? Como faço para me de­­sapegar de minha atual maneira de ser? Como faço para me soltar do que me prende? Como faço para transcender os meus defeitos? Como faço com essa enfermidade que os médicos não sabem tratar? Como faço pa­ra preencher o vazio que sinto em minha vida?
A resposta para todas essas perguntas é uma só: ir para dentro do próprio coração, para dentro do próprio ser. Lá a consciência da alma, que é universal, desde sempre nos aguarda. É no coração que se curam os apegos, porque ali está a essência de tudo. Ali nada nos falta. 
 Da Série Sínteses de palestras de Trigueirinho A cura dos apegos Irdin Editora

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Hard and rupture

Tive dias dificeis.
O meu afilhado adoeceu, ate parecia ser algo grave....
E eu como sempre vou abaixo.

Espero que 2012 seja o meu Ano de viragem.

Cada pessoa tem o seu momento de vida, a sua regência astrológica, o seu estudo numerológico e é muito importante captar todas essas informações para ir decifrando os passos da caminhada deste próximo ciclo, mas a energia do todo também nos oferece mensagens e orientações que podem nos interessar e favorecer nossa caminhada.

Poucas coisas são mais difíceis do que ter muitas expectativas sobre algo. E o ano de 2012 está carregado de especulações, medos e ilusões e precisamos vencer tudo isso para encarar esse novo ciclo. Quando observamos a Lua e a regência astrológica que ela trará fica claro que o primeiro passo é meditar. Pois é, amigo leitor, meditar não apenas em um momento de relaxamento, yoga ou oração que é muito importante. No caso do próximo ano, vamos precisar meditar sempre, observando nossos pensamentos antes de agir, olhando o que de fato está acontecendo à nossa volta antes de tomar uma atitude e tentar sempre observar qual a melhor postura. Pois se seremos regidos pela instabilidade lunar, precisamos saber como equilibrar as emoções. Porque depois do leite derramado, fica muito mais complicado remediar, pedir desculpas por um ato impensado, ou algo semelhante. Voltar atrás é sempre complicado.

Já observando a referência do Arcano 12 - O enforcado, que também irá reger 2012, vamos nos deparar com a necessidade de praticar o desapego, mas não pense que se trata apenas de coisas materiais, aliás, vejo muitas pessoas bem soltas nesse sentido, mas totalmente apegadas aos seus planos, suas idéias, seus conceitos para a vida e seus desejos. Desapegar da parte emocional, de querer ter razão e comandar os resultados me parece bem mais desafiador do que lidar com coisas materiais. Mas, vamos também pensar que é bem difícil protelar as coisas, deixar algumas realizações de lado porque os caminhos não se abrem, pois mexemos com o ego que não gosta de ser contrariado. Mas quem gosta? Quem aceita as coisas sem reclamar, ou sem se sentir injustiçado quando algo dá errado ou simplesmente não acontece?

Todos nós queremos que as coisas da nossa vida dêem certo. Queremos ser amados, compreendidos, aceitos, queremos ter sucesso, trabalho recompensador e tudo de bom. Mas nem sempre estamos dispostos a respeitar o tempo das coisas, nem as lições de restrição e de quebra do ego que espiritualmente aceitamos enfrentar quando encarnamos. Mas num momento ou outro da nossa vida isso é preciso e não tem negociação, pois faz parte do aprendizado da alma. 

2012 sinaliza um momento de tensão nesse sentido, e parece mesmo correto desacelerar o consumo e buscar a felicidade em coisas mais simples, pois, de uma forma geral, nossa sociedade está cada dia inventando mais e mais necessidades e, sem perceber, vamos aderindo cada vez mais o desejo de ter coisas, ao invés de curtir fazer, criar, trocar experiências e aprendizados com as pessoas à nossa volta. Quando olho para o enforcado, numa reflexão geral sobre o momento planetário, vejo claramente a necessidade de tirarmos o pé do acelerador dos desejos e passemos a ter mais critério no querer para não perder energia.
Lembrando ainda que temos a referência do 2 da sacerdotisa e o 20 do julgamento pesando sobre nós, o que significa lidar com o feminino, com o mundo dos sonhos, com nossas emoções mas com bom senso, buscando nosso aprimoramento no sentido maior, na espiritualidade e na consciência como nos pede a soma de 2012 que é 5, o Sumo sacerdote. 

No próximo ano, a chave do sucesso é o cultivo da verdadeira espiritualidade que inclui meditação, orações e o desenvolvimento de uma visão mais tranqüila sobre o todo e também sobre a nossa vida e conduta. Lembrando sempre que, por mais difícil que possa parecer, cada um de nós tem responsabilidade na construção do sucesso de nossas vidas. ''

por Maria Silvia Orlovas em Somos Todos UM

domingo, 25 de dezembro de 2011

Conversas de Natal

Tenho que dizer que o Natal é uma época que nunca foi celebrada com muita alegria aqui em casa.

Sim, temos doces, sonhos, tortas, prendas, visitas.
Mas sempre houve uma especie de magoa.

Para a minha mãe são as saudades dos que já partiram.
Para mim é a reflexão do ano e como vou viver o proximo.

Ontem tive 3 conversas importantes. Com os meus melhores amigos e com outro ser.

A conversa com o meu melhor amigo deixou-me a pensar. Ele tem razão em afirmar que é o peso do passado que me faz olhar para o futuro desses dois modos - angustiado e romantizado.
Toda a minha vida preferi a vida sonhada á vivida, ou não seja eu um caranguejo, mas creio que isso me está a toldar a visão do presente.

A minha melhor amiga quando lhe falei deste treçolho interno que nunca mais desaparece disse-me : isso nao desaparece porque tu programaste isso, e só vai desaparecer até que o processo se conclua.

Esta palavra que ela usou fez me reflectir em como tenho programado toda a minha vida. Tudo a volta do que nao tenho. tudo á volta do que sonho. tudo porque me programo para a destruição.
E vieram me á memoria todos os episodios em que me programei para Não ser Feliz - as pessoas que me diziam sim e eu por timidez dizia nao, as oportunidades que rejeitei, os naos que disse porque achava que outros nãos estavam garantidos, etc.

Conclui que o passado ainda esta presente nas minhas crenças. Ja nao sou o rapaz que andava perdido nos corredores porque era e se achava diferente, mas Emocionalmente sou o mesmo.

Mas nao podemos apagar o passado. E como o meu melhor amigo disse - temos que pegar no que temos e pensar, o que posso fazer com isto?!!

Gosto de meditar. gosto do mundo espiritual. combato todos os dias as minhas crenças. A duvida persegue sempre. O caminho dá me sinais mas eu volto sempre á duvida. Mas Santo Agostinho dizia que era isso que caracterizava um homem de fé.

Vi algo que passava na tv. Depois andei a ver 2 documentarios do historia.
Nao tava com paciencia para filmes.

As 2h da manha peguei no livro que me ofereceram e pus me a ler um pedaço.

E la voltou a insatisfaçao que tinha no inicio da noite. Era uma insatisfaçao estranha. Nao era que o meu afilhado tava com febre, nao era que a minha vida têm sido derrotas, nao era a ausencia de sinais divinos. Era quase uma presença.

Percebi que tinha de falar com alguem.
E esta conversa veio ao de cima.
A quem acreditar em meditaçao, em comunicaçao psicosensorial, entao esta conversa foi com algo divino.
A quem nao acreditar, que pense como numa manifestaçao da minha mente, uma conversa comigo mesmo.

Onde estás ? Tu existes mesmo? O que é real?
Qual a tua história? E Garabandal? E medjugorje, sao reais ou mentiras?
E porque sou assim? Conseguirei ser feliz? O que posso mudar ? Porque tanta dor?


Já me tinhas sentido antes. Há muitas horas que me faço presente. Sempre aqui, na insatisfação do peito.


Sem o pensares, fui Eu que te dirigi para o video da Vicka. Fui Eu que te fiz duvidar e ao mesmo tempo te fazer lembrar dAquele dia.


Eu estou aqui. De onde nunca sai. Implementando quem Eu Sou no coração das pessoas. De mansinho, como uma rosa no meio das silvas. Como sempre foi, como sempre disse.


E a dor que não passa não é ?
O passado, a tua origem, o teu sofrimento, o teu futuro....achas isso assim tão Monstruoso? ou acaso não te faz a pessoa que és?


Porque não aceitas que tens muito para dar. Estas sempre no fisico. No que não gostas. no que Não queres. no que doi.....


Ja te disse que um cantaro cheio de amarguras não pode se encher da água da alegria. Aprecia a Vida! Assim como reciclas vidro velho e usado, em que o tornas algo diferente do que era, como fazes de uma caneca um porta canetas, assim podes fazer da vida.


A vida são possibilidades. Todas elas. Claro que todas as vidas procuram o Criador e a mutação das possibilidades. Mas lembra-te que é o trabalho interno que conta.


Não é o que fizeram de ti, mas o que podes fazer a partir dai .


Queres saber porque Deus se esconde ?  Ele revela-se a todos os momentos na Tua Criação.


Frases para Mim mesmo




Pior que não terminar uma viagem é nunca partir.
Amyr Klink


O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.
Cora Coralina


Uma longa viagem começa com um único passo.
Lao-Tsé


A Verdadeira viagem não está em sair a procura de novas paisagens, mas em possuir novos olhos
Coragem é resistência ao medo, domínio do medo, e não ausência do medo. 

Não deixaremos de explorar e, ao término da nossa exploração deveremos chegar ao ponto de partida e conhecer esse lugar pela primeira vez.
T. S. Eliot


Se você não tem força para impor seus próprios termos à vida, você deve aceitar os termos que ela lhe oferece.

Os únicos presentes do mar são golpes duros e, às vezes, a chance de sentir-se forte.
 Eu não compreendo muito o mar mas sei que as coisas são assim por aqui.
 E também sei como é importante na vida não necessariamente ser forte, mas sentir-se forte; confrontar-se ao menos uma vez, achar-se ao menos uma vez na mais antiga condição humana. 
Enfrentar a pedra surda e cega a sós sem outra ajuda além das próprias mãos e da cabeça."

Christopher McCandless

sábado, 24 de dezembro de 2011


Feliz Natal a todos !!

e um abraço apertado a todos os meus amigos



'' onde raio terá posto o meu dono a prenda de natal ??''

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Cinema, Tv e Esoterico - conversa com Antonio de Macedo


ESTELA - O António de Macedo é uma figura bem conhecida, como cineasta. E também como autor de romances de ficção científica, como um dos fundadores da SIMETRIA (http://simetria.esoterica.pt/), e organizador dos Encontros de Ficção Científica & Fantástico de Cascais, etc.. Tem tido intervenções na rádio e na televisão, e além disso é professor. Por isso, gostava que nos falasse ao menos de algumas das suas longas metragens, marcos importantes no cinema português.

ANTÓNIO DE MACEDO - Nem sei por onde começar - talvez pelo fim! Como consequência de um sistema corrupto de apoios financeiros do Estado ao cinema português, vulgo "subsídios",


com uma legislação armadilhada para favorecer o "clube dos favoritos" do qual estou obviamente e saudavelmente excluído, há quase dez anos que sou sistematicamente ostracizado e impedido de filmar... O meu último filme de longa-metragem, *Chá Forte Com Limão*, de 1992-1993, é dedicado a Karen Blixen, autora dos extraordinários *Sete Contos Góticos*, e na aparência é uma "ghost story" victoriana (passa-se em 1870). No fundo é muito mais do que isso, claro, o macabro e os espectros são só "cenário", o filme vai descrevendo sucessivas etapas de geração-degeneração-regeneração, são etapas iniciáticas de quem foi "ao lado de lá" e ao voltar a este mundo descobre que este mundo é só esquecimento, e que a verdadeira memória é a memória da Casa do Pai, cuja luz ofusca todas as inúteis frivolidades dos grandes-pequenos dramas terráqueos.

ESTELA - O António de Macedo também é um homem da televisão. Nota muita diferença na televisão para a qual realizou programas e na que se faz agora?


ANTÓNIO DE MACEDO - Uma diferença abissal! Televisão, agora, não faço: só vejo, e pouco; quando comecei a fazer filmes e programas para TV foi nos anos 60 do século XX, ainda era a preto-&-branco e a TV era um mar sem ondas quando comparada com os alucino-psico-frenesins dos dias de hoje. Nos anos 60 limitei-me a executar uma encomenda de dois telefilmes de 12 minutos cada, um sobre o poeta Afonso Lopes Vieira e outro sobre Fernão Mendes Pinto, além de mais uma série de 12 pequenos filmes semi-ficcionados sobre a prevenção dos acidentes no trabalho. A partir de 1974, com a liberalização democrática e a abolição da censura, fiz dezenas e dezenas de telefilmes documentais sobre o que se convencionou chamar, na altura, "filmes de intervenção": documentos com uma duração que variava entre os 25, os 40 e os 50 minutos, abordando tudo o que de escaldante se estava a passar por esse país fora, por exemplo: ocupações de terras e de fábricas pelos trabalhadores, manifestações sócio-políticas, expressões espontâneas de teatro popular em aldeias longínquas, a independência das ex-colónias, velhas profissões em vias de extinção, cooperativas de tudo, inclusive de ópera, aparecimentos de OVNIs em Portugal, séries sobre a protecção à criança, recuperação de deficientes, colecções de bonecas, informação científica, programas sobre teatro profissional, etc. etc. - A partir dos anos 80 as encomendas da RTP foram rareando e fixei-me mais nos filmes de longa-metragem.
 Quanto à TV de hoje... realmente, não tem nada a ver com a desses saudosos e agitados tempos. Hoje privilegiam-se os "reality shows" e os "big Brothers" numa curiosa inversão do "sentido" do espectáculo: os principais intérpretes e intervenientes já não são actores (excepto em intermináveis telenovelas que estão sempre a serrar o mesmo presunto), mas os próprios espectadores que saltam alegremente para o "lado de dentro" do pequeno ecrã e vão expor as suas mazelas domésticas ou exibir reais ou supostos dotes histriónicos. Perdeu-se e perverteu-se o lado "sacro" do mistério da "arte do espectáculo" para ficar apenas a vulgaridade e o super-efémero. Ou seja, em vez do "fogo" criativo", que dá calor e luz, só ficou a fumaça, que engasga e cega...


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

LEUVIAH exorta:

"Dei poder à tua sensibilidade, não para te satisfazeres com os prazeres do instinto, mas para poderes captar a beleza de um mundo onde o homem ainda não chegou.
Abri a chave da tua memória das vidas, não para evocares a recordação de orgias irrisórias, mas para poderes recolher do teu passado o testemunho vivo da eternidade.
Defende-te da nostalgia e das evocações do que foi e projeta as tuas forças interiores, com vigor, em direção ao futuro.
Eu quero que sejas, Peregrino, um vivo modelo do homem de amanhã, desse homem que ultrapassará a sua condição atual.
A Humanidade prepara-se para criar Universos e de ti devem sair, através daficção artística, as obras que terão o sabor desses Mundos futuros.
Lança em direção a Mim o cabo e o laço das tuas aspirações e Eu ligar-te-ei à Região dos Arquétipos, para a Personalidade Humana poder exprimir ao mesmo tempo uma nova arte, uma nova ciência e uma nova religião".



Quem Sou?

Dizer quem sou é um desafio. Um desafio porque tento descobrir isso todos os dias da minha vida.
Percebi que resumir-me aos dados do bilhete de identidade, ás qualidades e defeitos, amizades e preferências, historia de vida e reacções, não revelam o meu Eu.

São apenas rabiscos, traços feitos á superfície da agua.

Quem eu Sou tenta revelar-se pelo que sinto, pelo que sonho, pelo meu percurso.

Há muitos anos que me procuro a mim mesmo. Encontro-me muitas vezes por ai....perdido em largos campos, nos becos das grandes cidades, numa musica que me traz desconforto e alegria, em sensações e emoções, e essencialmente quando me desafio, quando desafio a minha consciência mais embrutecida e temerosa.

É aí que as potencialidades se revelam, é ai que sinto o caminho que sou.

Todos nos temos historias de vida diferentes. Passamos todos por sofrimentos e alegrias, traumas e vitórias, sonhos e  pesadelos. Isso não é Quem Somos. Nós somos é o resultado, a reacção da nossa presença a essa historia, a esse cenário...

Acredito que todos vivemos muitas vidas, e em cada uma delas representamos um papel diferente, mas não porque escolhemos esse papel como um actor escolhe, mas sim porque nos perdemos na identidade dessa caracterização...  Somos no fim, os mesmos seres, a passar por experiências diferentes, a termos reacções diferentes, mas com o mesmo background interno, e é esse background interno a que podemos chamar de Eu ou Alma.

Em todas as vidas, temos novos adereços, novas historias, mas como um actor numa peça, por detrás da personagem, por detrás daquela historieta está sempre o mesmo ser.

Um dia contactei uma angeóloga. Confesso que é algo desapontante se vamos em busca de respostas fáceis, de planos para o amanhã, porque o que acontece é nos revelarmos a nós mesmos.

Ela entregou-me um papel, que tinha uma oração e uma exortação. E foi ai que percebi as imensas semelhanças que haviam entre aquele anjo e a parte mais interna do meu ser.

Sou sensível. Confesso o directamente, ainda que muitas vezes não a expresse. Acredito que essa sensibilidade é aquilo que me ajuda a criar histórias, é o que me torna a vida tão difícil também e ao mesmo tempo me traz orgias de emoções e sensações perante situações a que outros não dariam qualquer valor.

O passado para mim tem um sabor agridoce. Apesar de ter tido experiências horriveis na infância e adolescência  também tive acontecimentos incríveis, conheci pessoas que me tocaram a alma para sempre, sofri e amei, chorei e valorizei as alegrias. O passado é para mim um monstro, que muitas vezes me agrilhoa ainda, ou não sejam as evocações que desejamos para o futuro um resultado do sentimento obtido nas evocações do passado, para o bom e para o mal.

Sou, sinto-me Peregrino. Tenho em mim esse sonho. Caminho muitas vezes, fora de mim e dentro de mim. Perco-me nas planícies andaluzas e nos penhascos galegos, nos caminhos tibetanos e nas vielas turcas.
Estou sempre a viajar, a criar, a caminhar.....em direcção a mim.

Não andar, que é o que tenho feito ultimamente é uma dor perniciosa, já que revela internamente á minha alma que não me descubro mais, que não estou a viver, que estou fechado dentro da minha carapaça qual caranguejo ferido.

Repito-o, sou um homem de ficção.  Mesmo que nos últimos anos não o faça profissionalmente, sei indeletavelmente que é uma parte permanente de mim. Imutável, junto dos meus sentimentos, volátil a qualquer emoção e situação. Essa ficção acontece também como forma de vida, preferindo muitas vezes a vida sonhada e ficcionada á vida vivida e real.

Sou um pouco um alquimista, que trabalha com arte, numa nova ciência em prol da religião. Sou um escritor, cientista, naturopata, espiritualista....
Sou alguém que procura revelar-se sempre a si mesmo, porque no fundo, mesmo nas situações, nos outros, na vida estamos sempre a procura de Nos Mesmos...


Oração a Leuviah :


Limpa, Senhor, a minha memória inconsciente de todos os elementos poluentes; afasta dos meus sonhos as imagens, assustadoras ou monstruosas e faz que as minhas projecções imaginativas tenham um sentido e, graças a elas, os meus irmãos, os homens, possam perceber um Universo sem fronteiras, no qual o passado ancestral dá a mão a um futuro resplandecente.

Permite, Senhor LEUVIAH, que eu encontre o ponto de equilíbrio entre a minha realidade física e a minha realidade imaginativa para poder ser o programador de um mundo situado, hoje, para além do Humano.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Fechar uma porta...

Desde que o meu pc avariou que tenho reflectido bastante sobre o objectivo do meu blog.
E acredito que actualmente ja nao serve nenhum dos propositos com que foi criado.

Ha alguns anos atras, tive 2 blogs, um sobre ciencia e espiritualidade e outro sobre cinema. A certa altura resolvi fundi-los num so.

Creio no entanto que esta etapa se encerrou, bem como todos os blogs que mantinha adjacentes (Halugenesis).
Como tal procedo ao fecho do blog.
Ele ficara online durante os proximos tempos, mas nao o actualizarei.
Se e quando decidir formar algo, ou mesmo retomar a actividade, eu informarei.

A todos os meus amigos, vamos nos encontrar nos locais de sempre.
Aos leitores, um profundo agradecimento, por terem aguentado as minhas indignaçoes, lamurias, sonhos e crenças.
A todos, um abraço....

Continuo a seguir a jornada, bem como voces....

Iniciei este blog com um texto de Paulo Coelho, é de bom tom fecha-lo do mesmo modo. Espero ter sido util!!

"A vida é como uma grande corrida de bicicleta, cuja meta é cumprir a Lenda Pessoal - aquilo que, segundo os antigos alquimistas, é a nossa verdadeira missão na Terra.
 Na largada, estamos juntos - compartilhando camaradagem e o entusiasmo. Mas, á medida que a corrida se desenvolve, a alegria inicial cede lugar aos verdadeiros desafios: ao cansaço, à monotonia, às dúvidas sobre a nossa propria capacidade. Reparamos que alguns amigos já desistiram no fundo dos seus corações - ainda estão a correr, mas apenas porque não podem parar no meio da estrada.
Este grupo vai ficando cada vez mais numeroso, com todos a pedalar ao lado do carro de apoio - também chamado Rotina-, onde conversam entre si, cumprem as suas obrigações, mas esquecem-se da beleza e dos desafios da estrada.
Nós acabamos por nos distanciar deles; e então somos obrigados a enfrentar a solidão, as surpresas com as curvas desconhecidas, os problemas com a bicicleta. Num dado momento, depois de alguns tombos, sem ninguém por perto para nos ajudar, acabamos por nos perguntar se vale a pena tanto esforço...
Sim, vale; é só não desistir."


Uma vez uma mestra angeologa olhou o céu, os Alpes e disse:
- Como posso ser feliz se existe tanto sofrimento??
Nesse instante uma Voz fez-se presente e respondeu-lhe:
- Precisamente, por haver tanto sofrimento no mundo, Tu tens que ser Feliz!

Maranatha

Uma blasfémia chamada Deus

 Deus é uma blasfémia. O Deus de Isaac, de Jacob, de Jesus, de Krishna ou que nome seja. Deus é amor diz São João. Onde está esse amor quand...