quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Um Enigma

Um mestre e o seu jovem discípulo andavam a passear pela floresta, absorvidos, em silêncio, na contemplação da natureza.
Inesperadamente, o mestre falou: - Ouve! Aprecia o canto lindíssimo daquele pássaro.
 E o jovem discípulo perguntou: - Que pássaro é?


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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Uma reflexão final

Resolvi terminar a minha jornada em Barcelona na Plaza San Felipe Neri.
É o meu local favorito na cidade.
Calmo, com a sua fonte de agua estagnada, as árvores com a sua enorme copa, enfim, um ambiente extremamente confortante e nostálgico. Aqui vêem as noivas tirar fotografias, as crianças jogar a bola, os turistas conhecer, etc.
Aprendi muito aqui em Barcelona. Mais até do que possa admitir.
Ri, chorei, fiz companheiros, Barcelona ensinou-me a ir ao fundo e a voltar. A pegar o boi pelos cornos e e não desistir, a amar-me mais, bem mais do que até então.
Tudo isso sem ego, puro eufeeling.
Agora olho a cidade e lembro da velha musica - Coimbra tem mais encanto na hora da despedida.
O que outrora estranhávamos, agora entranhou-se em nós.
Esta revolução interna, esta rebelião, tenho que a levar comigo para a concretizar na minha vida.
Por isso preciso de a escrever, para nunca a poder esquecer.
Barcelona ajudou a tornar tudo mais verdadeiro.

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29 de Outubro 2019m 16h14


''Sincronicidade é quando as coisas fazem uma coincidência. Parece que o Universo está a conversar connosco. (...) A sensação de que nós estamos no lugar Certo, há hora Certa, nós fazemos parte do Todo, Tudo está-se a mexer e Eu faço parte.''

Alexandra Solnado


sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Do Real

Barcelona é uma cidade real e sem máscaras.
Temos que ver sempre a cidade real.
É difícil ver a cidade real.
E quando falo da cidade falo de objectos, de pessoas, de histórias, de nós mesmos.
Vemos sempre o que os nossos medos, projecções, ilusões, conceitos e preconceitos, expectativas e desilusões querem.
Somos escravos do nosso próprio pensamento sobre o objecto real.
Há uma profundidade no real que é deturpada a cada momento, a cada instante, por cada um de nós.
Revestimos os sítios, pessoas, eventos e acontecimentos de uma teia, qual filigrana de emoções, sensações, preconceitos, julgamentos, ideias, medos e ansiedades, passado e projecções futuras.
Barcelona não tem passado, nem futuro, não é sim ou sopas.
É o que É.
É na Entrega, na redenção ao Real que permitimos que o Real se manifeste na nossa vida, por vezes até de uma forma quase irreal.
Despir a roupagem que projectamos para um dia na cidade permite um alivio.
Nada daquilo é o que pensaste, nem tu és o que pensaste, encontras-te livre de ti mesmo, sendo apenas o mais puro Tu, o que Realmente é Real em ti.
Esta falha projectiva permite aceder a esse alivio.
Quando uma cidade ou algo nos desaponta ou nos alegra, é sinal importante que não vivemos no real.
Não despimos a máscara com os óculos especiais da nossa projecção interna!

É neste aprender a ver o Real como beleza, tanto no que chamamos belo como no que nos desaponta, que relembro Agnes Varda nos seus documentários. Ela que era uma apaixonada pelo real.

Jeff Foster diz que temos de parar de fugir do Real e Realiza-lo.
Frank Kinslow dizia-me - Pára de tentar miúdo, sê apenas quem tu és no mais de fundo de ti mesmo.
Quando o Real nos toca tudo é beleza.
Porque se algo em nós e fora de nós ainda não é belo, então não é real.


Barcelona, 26 de Outubro 2019




25 de Abril

 Parece que Alzheimer invadiu a mente de grande de parte dos portugueses, tendo muitos repudiado o dia da Liberdade e aplaudindo ditadores e...