quinta-feira, 7 de abril de 2011

o meu dia



Tive um dia cansativo....

Levantei me, apenas sabendo que quando chegasse a Lisboa ia ter cerca de 1 hora para deambular.
Abri o mail apenas para ver o que tinha recebido - a mensagem semanal do Livro da Luz que se chamava Cansaço.

Sinceramente não liguei.
Apanhei o autocarro, normal , que parava por todas as terrinhas, porque me atrasei......

Cheguei a Lisboa já com menos de 1 hora para percorrer a mesma. Fui até ao Saldanha, mas não encontrei o que procurava.
Perdi-me por caminhos, ate me encontrar na Igreja do Sagrado Coraçao. Nao conhecia este igreja.
Parece um colosso de pedra cinzenta, um predio abrupto, uma rocha no meio dos predios.

Sabia que ia lá para estar em silencio.
Para meditar.
Estava a decorrer uma missa na zona lateral da Igreja.

Mas nao me chamou a atençao. O que me chamou a atençao foi o Altar despido de adornos, apenas uns quadros da Paixão ao longo do corredor, mas o Altar quase vazio, apenas com uma cruz.

Mas era um Altar aberto, como se um espaço vazio se tratasse, com um tecto lá bem Alto, bem distante.
E a missa acocorada num canto, e aquele espaço grande, etereo.

Meditei.
A Igreja era preenchida por um ser gigante, uma energia branca purissima, potentissima.
Era Ele.
Fez me olhar para o modo como nos ''re-li-gamos''. Ali a missa escondida, palavras vas, nada de sentimento. O padre a comungar uma hostia gigante, as pessoas submissas, alegria zero...

E depois olhei para Ele- gigante, enorme, lindo. Parecia que todo o meu ser estava distorcido, que haviam duas forças, Ele ali Grande e eles ali.
Será que a missa como é feita ainda nos liga a Ele?

Vi durante a Eucaristia a mão dele sobre eles.  Como se aquilo fosse importante, mas nao  com o sentido que é dado.

Depois andei por ali, a limpar energeticamente :D

Percebi que o ser humano apega-se demasiado as coisas, as pessoas. Nao temos a facilidade de entender que tudo o que existe é como o lego, montamos mas nao fica logo assim, pode ser desmontado, que pode ser mudado.
Nascemos sem nada e partimos sem nada.
Entre o ponto alfa e o ponto omega o que temos sao dadivas.
Por vezes experiencias duras, para percebermos que nada é nosso.
Talvez esta crise seja um alerta para desvincular-mos, para amarmos sem temer porque nada é nosso.

Mas palavras sao apenas palavras. E eu sei , porque sei, que quando ocorre a perda doi.

Apos vir para casa, esgotado, cansado de aulas e tanta trapalhada, tinha uma sensaçao de agonia no peito. Percebi que nao podia fugir dela.... e deixei-a tar.
Mais tarde traduziu se em mais medo, em mais apego.

E tambem mais más noticias....

Tento ver tudo com outros olhos, tento pensar que nada é meu, que apenas tenho que aceitar, que apenas tenho que seguir o peito.....
Tento lembrar-me do ser Gigante e da paz.

Entao abro o mail....e ahhhh a mensagem de luz - Cansaço.
Agora sim percebo-a ....


Cansaço

O cansaço é um sinal. Ou estás no caminho errado, ou andas demasiado depressa no caminho certo. O importante é centrares-te. Seja para reorientar o teu caminho ou a velocidade da caminhada, o importante é centrares-te.
Parar. Não ter medo de parar. Parar várias vezes, a várias alturas, para respirar. Para respirar e sentir o agora. Quem está no caminho errado, como não sente o caminho, só quer chegar. Quem anda demasiado depressa, como não consegue sentir o caminho devido à velocidade, só quer chegar.
Quem está no caminho errado, quando chega, tem a maior das desilusões, porque o destino não vale o mal-estar do caminho percorrido. Pudera, num caminho errado até o destino é errado. Quem anda demasiado depressa, pura e simplesmente não consegue chegar ao destino, porque cai antes.
Como vês, seja qual for o teu caso, a caminhada não é satisfatória. E quando a caminhada não é satisfatória, o melhor é parar. Parar. Respirar. Ficar. E cuidar do agora, centrar-se no agora, para que amanhã as pernas tenham mais energia para aproveitar cada passo do caminho que falta.
O LIVRO DA LUZ – Pergunte, O Céu Responde

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