Debbie tinha acabado de ter alta clinica.
Ela ja sabia ha muitos anos que sofria de epilepsia. Ja fizera dezenas de exames, mas nenhum medico lhe sabia explicar a verdadeira causa dos ataques.
Debbie conhecida de cor quando algo lhe ia acontecer: primeiro a cabeça começava a latejar, depois sentia dores e formigueiro nas extremidades dos dedos dos pés e das maos, pouco a pouco ia subindo uma nausea acompanhada de uma enxaqueca incontrolavel, seguiam-se depois imagens na sua cabeça, como se de um filme se tratasse, até atingir o auge, uma dor fortissima no peito e na cabeça, que a fazia perder a consciencia.....
Quando acordara no chao da sua casa em Ausbreyville, Debbie compreendera imediatamente que tinha tido um ataque. Ha mais de 9 meses que tal nao lhe ocorria.
Reunira pouco a pouco forças para se levantar. Cambaleando sentou-se num velho sofa esbatido pelo tempo.
Retirou da mala uma pequena garrafa de agua e tomou um medicamento que usava em sos.
Sem temer saiu porta fora, e partiu de carro para o hospital.
Aí fora medicada e foram-lhe feitos novos exames. Mas nenhum resultado.... a sua condiçao permanecia um misterio.
Voltou para o carro. Pensou em ligar para o irmao, ou para a sua melhor amiga Carol para a virem buscar, mas mudou de ideias. Tentou concentrar-se nas imagens que haviam surgido desta vez durante o seu ataque.
Uma mulher olhando o mar por uma pequena janela, um estranho homem que caminhava na mata, uma coruja e o corpo de uma mulher amarrado a uma cadeira de baloiço.
Muitas dessas imagens ja tinha visto durante ataques anteriores, mas desta vez pareceram-lhe mais reais.
Ligou o carro e andou sem destino.
Era ja de noite.
Parou o carro num pequeno drive-inn e tomou uma cola e uma sandes.
Conseguia ver nitidamente uma mulher, vestida a moda antiga, a olhar o mar. Debbie nao queria apagar essa visao.
Porque razao parecia fazer sentido?
Foi entao que Debbie reparou que a janela onde a mulher olhava o mar, era a janela do primeiro andar da sua casa em Ausbreyville.
A imagem que lhe surgia durante os ataques, a mulher que olhava angustiosa o mar por uma pequena janela, era na sua casa, na casa que fora da sua mae, da sua avo, e originalmente da sua tia-avo.
Debbie lembrou-se entao que deixara a porta aberta.
Pagou a sandes e a cola, meteu-se no carro e dirigiu-se a auto-estrada.
Apesar de desejar voltar a Ausbreyville e poder resolver o misterio, Debbie partiu para a capital. Estava assustada.
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