sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A Natureza e o Poluido

Picture of a person kayaking at night in Quebec, Canada

“Por detrás de todas as manifestações fenoménicas, marulha o Infinito, o Oceano de Poder. A sede de actividade mundana mata em nós o senso de reverência espiritual. Deixamos de perceber a Grande Vida oculta por detrás de todos os nomes e formas porque a ciência moderna nos diz como utilizar os poderes da Natureza.
A familiaridade com a Natureza fez nascer o desprezo pelos seus segredos últimos; a nossa relação com ela é de carácter prático. Nós importunamo-la, digamos assim, para descobrir de que modo podemos forçá-la a servir os nossos propósitos; tiramos proveito das suas energias, cuja Fonte ainda permanece desconhecida. Em Ciência, a nossa relação com a Natureza é semelhante à que existe entre um homem arrogante e a sua criada; ou, em sentido filosófico, a Natureza é como um cativo no banco das testemunhas.
 Nós interrogamo-la repetidas vezes, provocámo-la, e minuciosamente pesamos o seu depoimento em balanças humanas incapazes de medir os seus valores ocultos.
Por outro lado, quando o ser se acha em comunhão com uma energia mais sublime, a natureza obedece à vontade do homem automaticamente, sem nenhum esforço ou tensões. Incapaz de entender como isso acontece, o materialista considera esse domínio sobre a natureza algo´milagroso`.”
Lahiri Mahasaya

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