“Talvez a maior razão pela qual temos medo da morte é porque não sabemos quem somos. Acreditamos em uma identidade pessoal, única e separada — mas se nos atrevermos a examiná-la, descobriremos que essa identidade depende totalmente de uma coleção interminável de coisas para se sustentar: nosso nome, nossa “biografia”, nossos parceiros, família, casa, trabalho, amigos, cartões de crédito… É com a ajuda frágil e transitória delas que nós baseamos nossa segurança. Então quando tudo isso é subtraído, teremos alguma idéia de quem realmente somos? Sem nossos acessórios familiares, temos que encarar a somente nós mesmos, uma pessoa que não conhecemos, um incômodo estranho com que estivemos vivendo todo o tempo mas nunca realmente quisemos conhecê-lo. Não é por isso que temos tentado preencher cada momento do tempo com barulho e atividade, não importa o quão trivial ou monótono, para garantir que nunca fiquemos em silêncio sozinhos com esse estranho?”
~ Sogyal Rinpoche, no “Livro Tibetano do Viver e do Morrer”
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