sábado, 4 de janeiro de 2014

Serenidade


No decorrer da vida podemos perceber que para estarmos sadios é importante cultivar a serenidade. Mas como conseguir isso? Como não nos deixarmos afetar pelo que sucede à nossa volta?

Primeiro temos que tomar consciência de que a serenidade é um estado interno e, portanto, nada que esteja fora de nós deve ser empecilho para o manifestarmos. O mundo é nosso campo de trabalho para testar o grau de serenidade que podemos atingir e, ao mesmo tempo, um estímulo para robustecê-la.
Quando adquirimos neutralidade diante dos acontecimentos e seguimos nosso caminho sem dispersão nem desordem não nos abalamos com circunstâncias.

Vários fatores podem contribuir para nos tornarmos serenos, e um deles é a superação do medo. Compreendemos que a chamada “morte” é apenas o despojamento dos corpos materiais que usamos em nossa passagem pelo mundo físico, o medo vai desaparecendo e a serenidade pode instalar-se.
Outro fator que nos ajuda a desenvolver a serenidade é estabelecermos um ritmo ordenado e harmonioso em nosso dia a dia. Isso nos fará menos ansiosos para que as coisas comecem ou terminem segundo nossas expectativas, quase sempre sem fundamento real. Assim, podemos canalizar a atenção, o pensamento e o sentimento para o momento presente e não para um futuro que imaginamos.

É a partir daí que a rotina diária não mais nos incomodará, e finalmente poderemos perceber que a vida jamais termina.

O modo mais seguro de alcançar a serenidade é pelo alinhamento da nossa consciência humana, exterior, com nossos níveis espirituais, nossa alma. Condições propícias para isso são criadas quando aperfeiçoamos o nosso caráter, até mesmo no que diz respeito a certos costumes. Nosso cérebro precisa tornar-se adequado para esse alinhamento. Podemos prepará-lo ao retirar de nossos hábitos o uso do álcool e do fumo, e ao levar em conta que a alimentação gordurosa e o excesso de açúcar também prejudicam o seu funcionamento. Também devemos prover ao corpo suficiente repouso, pois períodos de esforço prolongado impedem que o cérebro tenham prontidão necessária para registrar o que a alma tem a dizer. Se reservarmos um momento durante o dia para estar em quietude e praticarmos este aquietamento sem nenhuma busca de resultados, um dia nos daremos conta de que nossa mente ficou mais calma, mais concentrada e por fim nos encontraremos serenos.

Devemos saber que a compreensão do sentido da imortalidade, a vida ritmada, o alinhamento com a alma, tudo isso ocorre conforme o serviço que prestamos neste mundo. Mantermo-nos conscientes de que nossa vocação mais intima e profunda é servir desinteressadamente pré dispõem-nos à serenidade.
Reconhecemos que não estamos no mundo simplesmente para fazer as coisas da forma egoísta como quase todos fazem nem para fazê-las melhor que nosso semelhante.

Esse serviço é um portal para a serenidade. É que quando temos uma menta espiritual e altruísta – uma meta evolutiva – e quando nos dispomos com todo o nosso ser a cumpri-la a vida diária se torna prolongamento da calma interior.


Trigueirinho

Sem comentários:

Enviar um comentário

Saboteur

Na nossa vida, o maior de todos os sabotadores somos nós mesmos. Uma parte de nós deseja brilhar, ser quem é,  triunfar, mas outra parte tem...