domingo, 2 de novembro de 2014

Hábitos e rotinas




'' Quando o nosso ambiente influencia de tal modo a nossa mente, o nosso habitat torna-se o nosso hábito.
     Por isso, se continuarmos a ter os mesmos pensamentos, a fazer as mesmas coisas e a sentir as mesmas emoções, começamos a criar ligações no cérebro até termos um padrão finito, o reflexo directo da nossa realidade finita. Consequentemente, ser-nos-á mais fácil e mais natural reproduzirmos o mesmo estado mental a cada momento.
  Este ciclo inocente de resposta faz com que o cérebro, e a seguir a mente, reforcem ainda mais a realidade particular que é o nosso mundo exterior. Quanto mais disparamos os mesmos circuitos como reacção à nossa vida exterior, mais ligações criamos que tornam o cérebro igual ao nosso mundo pessoal. Ficamos neuroquimicamente ligado às condições da nossa vida. Com o tempo, começamos a pensar sempre do mesmo ângulo porque os cérebro só consegue disparar um conjunto finito de circuitos, criando uma assinatura mental muito específica. Essa assinatura chama-se personalidade.
   Como efeito dessa habituação neural, as duas realidade da mente interior e do mundo exterior parecem tornar-se quase inseparáveis. Por exemplo, se não conseguirmos parar de pensar nos nossos problemas, a nossa mente e a nossa vida fundir-se-ão numa só. O mundo objectivo fica então matizado pelas percepções da mente subjectiva, pelo que a realidade se acomoda continuamente a elas. Perdemo-nos na ilusão do sonho.
    Podemos chamar a isto rotina, e já todos caímos numa, mas o problema é muito mais profundo: não são apenas as nossas acções, mas também as atitudes e os sentimentos que se tornam repetitivos. Criámos o hábito de sermos nós próprios tornando-nos, em certa medida, escravos do nosso ambiente, seja ele objectivo ou subjectivo. O nosso pensamento torna-se igual às condições da nossa vida, e nós, na qualidade de observadores quânticos, criamos uma mentalidade que se limita a reafirmar essas circunstâncias na nossa realidade específica. Estamos sempre a reagir ao nosso mundo exterior, conhecido e imutável.
   De uma forma muito real, tornámo-nos efeito das circunstâncias que nos são exteriores. Abdicámos do controlo do nosso destino. Ao contrário da personagem de Bill Murray no filme Feitiço do Tempo, nem sequer estamos a lutar contra a monotonia interminável do que somos e em que a nossa vida se tornou. Pior, não somos sequer vítimas de uma força misteriosa e invisível que nos prendeu a essa espiral repetitiva; somos nós o criador dessa espiral.''

in Como criar um novo Eu, Dr.Joe Dispenza

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