quarta-feira, 27 de abril de 2016

Fragmentos de Sonhos



Mais um dia potencialmente complicado se avizinha.

Nestes dias e não só, olho para alguns sonhos ou ideias que tenho na cabeça.
São sonhos irregulares muito diferentes do que os que a maioria das pessoas querem. Nem sempre penso neles, não tenho feito nada para os realizar, não me incomodam mas existem.

Olhar o Ararat. Olhar e percorrer esse Oriente antigo é um deles.
Como pode ser um sonho apenas olhar o Ararat.
Alguns dizem - escalar o monte?
Não.
Apenas contemplar.

Não apenas o Ararat, mas Saint Michel, a costa de França, a meseta espanhola.
Sempre tive e tenho em mim esse sonho de me perder.
De andar á deriva.
No fundo de uma Profunda vivencia de mim mesmo, num desapego ao mais mundano ao mais quotidiano. Como se apagasse este eu com toda a sua historia, ligações e fazeres, sonhos e problemas.

Seria isso completamente possivel?
Não sei.
Talvez fosse apenas uma ilusão.
A ilusão de poder não pensar, de poder não perder, de não sofrer.
A ilusão de ao não ter nada, nem ligação, nem passado nem futuro, nem amigos ou inimigos, pudesse ir mais além, como se mergulhasse nos murmurios que parecem existir do outro lado do rio.


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