domingo, 14 de julho de 2013

Elegia





Hoje levantei-me, fui até ao quintal....onde estavas?
Por mais que procure, por mais que te chame, onde te meteste?
Olho o chão em busca de vestigios teus...encontro imensos pelos brancos, unicos, teus.
Passo-os pela pele....é só isto que resta de ti?
E doi, doi tanto.....
Grito, choro, lembro-me de ti....minha companheira, minha amiga!!
O teu olhar meigo, as tuas...nossas brincadeiras...tudo isso parece ter desaparecido...so restando esta dor.
Detesto quando me dizem que daqui a algum tempo comprarei outro cao....sei que isso acontecera, mas tu nao eras uma posse, um objecto, algo....eras minha filha, minha amiga, meu apoio.
És Insubstituivel, assim como o Majerico o foi antes de ti.
E creio que la em cima, tu e ele me esperarão....porque doçura e lealdade nunca encontrei igual.
Agora so me resta esta dor...
Este silencio...
Esta ausencia...
Deparo-me com este desejo subito e morbido de ir ate onde te deixei, deparo-me com o sonho de teres apenas adormecido e ai te encontre perfeita e viva.
Ah minha amiga, se soubesses como doi.
Se os outros soubessem o que é perder assim um amigo....
Tenho vontade de gritar, de chorar.....
Minha Bina, adoro-te!!

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