Hoje tive um dia bem cheio.
Levantei-me perto das 9h, arranjei-me, tomei um batido proteico e pegando na bicicleta lá fui.
Fui até ao Matoutinho. O inicio foi doloroso, subida cansativa e eu quase em jejum.
Depois foi só ''surfar''.
Desci pela encosta da Malveira, passei pela linha do comboio, por uma velha fábrica que serviria de cenário a um filme e lá subi outra serra, rumo ao ''quase desconhecido''.
Após um bocado cheguei ao Jeromelo, terra do meu pai e dos meus tios.
Emocionei me um pouco.
A rua chamava-se antigamente Casal das Piçarras.
Agora chama-se Rua Cecilio Franco...em honra do meu tio que faleceu na Guerra do Ultramar.
Sempre tive uma ligaçao a este tio, apesar de nunca o ter conhecido.
Talvez devido a que fosse o melhor amigo do meu pai, e ele ter ficado para sempre transformado com a sua perda. Talvez fosse devido a eu ser o ''herdeiro'' do album de fotos do meu tio.
Sempre me senti ligado a ele. Ja cheguei a pensar se teria sido eu numa outra vida.
Encontrei algumas pessoas, troquei umas palavras, e desci.
Fui até uma zona que vai dar a Lapa.
Foi muito divertido seguir caminhos que nunca trilhei.
Subi a Lapa até a Venda e ao chegar a casa descobri que bati o record.
Foram 12 km, a subir e descer montanhas, encostas, estradas perdidas, linhas do comboio.
Eu pensava que ia demorar 3-4h.
Demorei 1h30.
Apos o almoço, ja reposto do cansaço, decidi ir até a Atalaia.
Levei a minha ''Balbi''.
O mais curioso foi que no meio do mato encontrei-me numa ladainha de mantras.
A certa altura senti um barulho, assustei-me.
Invoquei logo o Arcanjo Miguel.
Não passou nem um minuto ao chegar a um cruzamento no mato, só Vejo um Falcão, Grande, Enorme, de asas brancas.
Fiquei vidrado, era lindo. Ja tinha visto ao longe. Até já me tinham dito que não haviam nem águias nem falcões ali e que quando vi uma vez a voar por cima de mim devia ser outro animal.
Provei o contrario.
Sinceramente apos ver as imagens acho que deve ter sido um Falcão e não uma Aguia, apesar das parecenças.
Obviamente mal o vi, ele levantou-se e voou.
Devo confessar que tanto eu como a minha Bina ficamos ali parados, a olhar.
Quando olhei, mais a frente, onde eu ia passar, vi uma cobra.
Não era grande, mas tambem nao era pequena.
Estava viva, mas já as portas da morte. O falcão tinha descido dos ceus e rasgado o ventre da cobra.
Vi os intestinos da cobra ou lá o que eram ali ao lado dela.
Foi quase como se o Falcão me tivesse salvo.
Levava uma pedra bem parecida com uma cabeça de cobra e deixei-a mesmo ao pe da verdadeira.
No regresso trouxe uma planta Rara, mas com ENORME potencial - antiviral ( inibe todo o tipo de virus), anticancerigena, antiinflamatoria, antibacteriana e com propriedades anti-diabeticas) - a Prunella Vulgaris.
De retorno a casa aproveitei para ler mais um pedaço e lancei me num exercicio de escrita criativa.
Devo confessar que do pouco que escrevi senti um frenito interno, porque a historia ate me deixou a mim estatico a espera de mais....
E pronto............ainda não consigo acreditar....salvo por um falcão.