A cada dia que passa, preciso mais e mais de me libertar....desta ansiedade, deste movimento estagnado, que me leva a me preocupar com pequenas coisas, que me leva a apegar me mais e mais.
Estou a caminho de me libertar....para onde vou?
Sera que isso importa?
Não será ja hora de seguir a ideia que me persegue ha mais de 2 anos?
......
alguem quer caminhar?
mais um dia...mais problemas, mais problemas fantasma, mais apego, mais dor...
vou me enchendo mais e mais....cada dia se aproxima do dia....
Estes dias sao pura
dor para mim. O apego e o amor fundem-se, como silvas entrelaçadas no meu peito,
em que cada suspiro leva os espinhos a penetrarem mais e mais no meu peito.
Enterro me nessa dor,
nessa ansia de me libertar. E sei que quando tiver forças para arrancar a silva
vou sentir a sua falta, porque sera nessa altura que o meu coraçao se
regenerará e do habito procurará a silva.
Sei que tenho que
partir, que deixar a dor surda e troca-la por uma dor tipo facada. Ao menos
essa eu sei que doi, nao é tibia.
Sei que tenho que ir,
porque senao torna-se tarde.
Quantos anos terão
passado desde o dia em que esse impeto surgiu. Quantas vezes o chamei e o
calei. Quantas vezes disse – vou....e nao fui.
E a dor acentua-se
mais. Ao ponto de nesta estabilidade instavel eu ja nao saber quem sou. A
memoria do estar sempre aqui apaga o fogo
de quem eu sou.
Nestes momentos as
palavras sao um nada. Sao como objectos de grandes dimensoes que nao entram em
pequenos orificios. Pancadas surdas.
Eu sei que vai doer. O
estomago vai roncar. As pernas vao parecer metais ferrugentos, os pés vao abrir.....
Mas estarei a viver.
Tocarei com a mao
pelas searas, rebolarei na terra fresca, sentirei o pó das ruas, beijarei
rostos e labios, beberei, sorrirei, dançarei, chorarei.
E em todos esses
momentos uma dor ainda estara presente. Sou um caranguejo.
E longe da minha
carapaça serei uma ansiedade permanente.
Mas só assim vencerei.
E caminhando pelo
caminho avançarei.
E viverei.
Just say the word.
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