''Isto podia ser real. Na verdade, talvez apenas os nomes não o sejam.
Diogo está apaixonado. Não por Cristina, Júlia, Gilberto ou Manuel. está apaixonado por um ideal.
Uma pessoa fisicamente X, com a medida 76-60-76, com gostos aparentemente aproximados aos seus, com um toque de humor.
Mas essa pessoa não existe.
E as outras com quem vai flirtando não são aquilo que buscam a 100%. Nem Diogo é o que os outros buscam.
Assim numa dança de cadeiras, de números de telefone que não voltam a ser marcados, se vai desenlaçando uma vida de solidão. Nem amizades florescem, apenas erros.
Um dia Diogo percebe que anda a fazer tudo errado. Mas por mais que busque apenas por buscar, percebe que os outros ainda continuam na sua futilidade.
A história termina assim, tal qual vida real, sem eira nem beira, entre solidões e romances platónicos, entre gemidos e sorrisos, enfim na ilusão.''
por Hélder Rosato
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