Todos somos um pouco bipolares.
Já Gurdjieff dizia que tínhamos vários eus dentro de nós.
Uma parte quer partir, outra ficar.
Uma deseja vingança, a outra apenas se realizar.
Um fragmento quer a utopia, o outro ainda sonha cm fragmentos distópicos.
Quantas partes das nossas vidas são resultado das armadilhas que fazemos para nós próprios. Apontamos os outros, sim o pai, a mãe, o governo, mas a falha está em nós.
No fundo não temos é estima por nós, nem o respeito pela concepção que a Vida não tem uma ordem aparente.
A Ordem da vida é Perfeita, mas não a conseguimos ver....apenas por vezes, sentir.
Olho para a minha frente.
Apenas vislumbro quantas vezes caos. O futuro aparece incerto.
E é nessa incerteza que devo caminhar.
Se algo me doí, devo ir fundo na ferida.
Escolher o caminho que me faz ir mais longe.
Há que no fundo viver as experiências que a vida nos traz, mas obviamente, não nos embrulhando nelas, mas vivenciando-as com desprendimento e desapego.
Se a vida nos trouxer cocaína, não deve ser olhada como algo negativo, mas como algo que se for experimentada deve ser depois excluída. Envolvermos-nos com ela apenas nos conduz ao próprio perigo de qualquer coisa - apego.
Existe em cada um de nós uma bicicleta estática.
Caminhamos mas nunca saímos do mesmo sitio.
Talvez seja a analogia perfeita para a nossa sociedade.
Sonho com os campos da Andaluzia.
Sempre sonhei.
Existem tantos caminhos que os meus pés ainda não percorreram.
Terei de os percorrer de forma desapega mas intensa.
O medo é o nosso maior inimigo.
Porque não vamos...
Porque fico....
Porque nos adaptamos a coisas insossas?
O horizonte espera-nos.
Basta calar e matar aquele eu franzino moldado pela estatica, e ir em frente.
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