''Vocês são seres de três partes, e a maioria das pessoas experiência-se como um corpo. Mesmo a mente é esquecida depois dos trinta. Ninguém lê. Ninguém escreve. Ninguém ensina. Ninguém aprende. A mente é esquecida. Não é nutrida. Não é expandida. Não há nenhuma nova contribuição. (...)Não é despertada. É embalada, adormecida. Fazem tudo o que podem para a desligar. Televisão, cinema, literatura de cordel. Dê lá por onde der, não pensem, não pensem, não pensem!!!
(...)
A maior parte das pessoas não lê um bom livro- quero dizer um livro com o qual possam aprender alguma coisa - há anos. Mas são capazes de recitar a programação da televisão da semana toda. Há nisso algo de extraordinariamente triste.
A verdade é que a maior parte das pessoas não quer ter de pensar. Elegem lideres, apoiam governos, adoptam religiões que não exigem o pensamento independente.
''Facilita-me as coisas. Diz-me o que fazer''.
A maior parte das pessoas quer isso. Onde me sento? Quando me ponho de pé? Como devo cumprimentar? Quando pago? O que querem que eu faça?
Quais são as regras? Onde estão os meus limites? Digam-me, digam-me, digam-me...
Depois ficam desgostosas, desiludidas. Seguiram todas as regras, fizeram o que lhes foi dito. O que correu mal? Quando azedou?? Porque se desmoronou?
(...)
Estão a cuidar da vossa alma? Reparam nela ao menos? (...)
Quando foi a última vez que choraram de alegria? Quando escreveram poesia? Fizeram música?
Dançaram á chuva? Assaram uma empada? Pintaram qualquer coisa? Arranjaram algo que estava partido?
Beijaram um bebé? Encostaram um gato ao rosto? Subiram uma colina? Nadaram nus? Caminharam ao nascer-do-sol ? Tocaram harmónica? Conversaram até de madrugada? Fizeram amor durante horas? Comungaram com a Natureza? Procuraram Deus?
(...)
As leis ficam bem à vossa sociedade. No entanto, ao providenciar pelas necessidades das pessoas, devem ter o cuidado de não as privar da sua maior dignidade : o exercício do poder pessoal, a criatividade individual e o engenho determinado que permite que as pessoas constatem que podem providenciar por si próprias. É um equilíbrio delicado que tem de ser alcançado. Vocês parecem saber apenas como ir de um extremo ao outro. Ou querem que o Governo ''faça tudo'' pelo povo, ou querem dar cabo de todos os programas governamentais e abolir todas as leis do Governo já amanhã.
(...)
Porque os governos são a Consciência do povo, expressa.
É através dos governos que as pessoas acham, procuram, esperam e decidem corrigir os males da sociedade. ''
Neale Donald Walsch, in Conversas com Deus, livro 2
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