quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

La Piel que Habito


Foi apenas ontem, vergonhosamente atrasado, que vi o filme A Pele onde eu vivo de Pedro Almodóvar.

Devo confessar que as criticas e o trailer não me fascinavam, e conferiam uma ideia de filme weird, too much away from Almodóvar.
Mas isso é mentira...

O Filme é dos mais raros de Almodóvar, mas toda a história está perfeitamente encadeada, as tramas dentro da trama são absolutamente almodovarianas - gays, sexo, personagens estereotipadas, etc...

É uma combinação até muito engenhosa, diria de génio, uma mescla do amadurecimento do realizador ( da sua faceta de Tudo Sobre a minha mãe, Hable con ella,etc) com a sua jovialidade irreverente do final dos  anos 80 ( de filmes como Ata-me e Mulheres à beira de um ataque de nervos).

Devorei o filme do inicio ao fim....com uma sublime musica de Alberto Iglesias imiscuido com Buika e Trentemoller.

Confesso que Shades of marble era um tema que não me dizia nada....para um tema absolutamente fascinante que acabou por me seduzir no filme!
As interpretações também são muito boas - Marisa Paredes numa apagada e secreta mulher a dias com segredos e fogo a revelar pouco a pouco, Elena Anaya foi talvez a estrela - ela tem um carisma ( e a face) de Victoria Abril bem como muito talente escondido em cada cena.
Blanca Suarez providenciou o toque comico e o toque tragico, bem como toda a sua beleza de pin up espanhola que anda a incendiar o mundo televisivo e do cinema em Espanha.
Jan Cornet também brilhou numa personagem weird - gay e hetero, o rapazinho do povo que quer sair da vila, o violador...

E Banderas ??
Esteve muito bem, apesar de ser o protagonista teve um papel muito seco, mas que mesmo seco consegue transmitir toda a rudeza e o porquê da sua personagem.

Muito bom mesmo..... quase ao nivel de Tudo sobre a minha mãe e congeneres ...quase, quase...


1 comentário:

  1. Ouvi falar muito bem deste filme, mesmo de críticos que não ligam muito a Almodovar.

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