Jesus não disse «Deus Nosso que estais nos céus», ou «Criador Nosso», ou «Todo Poderoso Nosso». É significativo que tenha dito «Pai-Nosso». A palavra «pai» indica necessariamente a existencia de uma relaçao intima entre o que gera e os que são gerados. (...)
A oração do Pai-Nosso reflecte o clamor do ser mais misterioso deste Universo, procurando uma relação intima e aberta com a humanidade. Pode haver um Deus sem filhos e um Criador sem filhos, cercado apenas pelas suas criaturas, mas não existe um pai sem filhos.
Pode haver um rei, um presidente, um multimilionário rodeados de serviçais e bajuladores, mas É Impossivel haver um Pai sem filhos.
O primeiro segredo assombroso da oração do Pai-Nosso é que Deus pode ser mais poderoso, do que qualquer religião jamais imaginou, mas é um Deus solitário e como Pai Ele é incompleto. Deus pode ser indecifravelmente Perfeito e insondavelmente grandioso, mas na Condição de Pai falta-lhe algo.
(...) Ao posicionar-se como Pai, Deus bradou que precisa de ter filhos.
(...) Por estranho que seja, o Deus Todo-Poderoso necessita de escrever nas tábuas do seu ser a poesia que se inicia com estas palavras : «Eu preciso do ser humano.»
(...) Segundo Jesus, o Deus que se esconde atrás da cortina do tempo e do espaço não é um Deus temivel, mas sim um Pai sensivel. Não é um Deus auto-suficiente, mas um Pai solitário. Não é um Deus que imprime culpa e controla comportamentos, mas um Pai apaixonado que deseja ardentemente ser conhecido e criar vinculos de amor.
in Os Segredos do Pai-Nosso, de Augusto Cury
Sem comentários:
Enviar um comentário