“Se eu pudesse resumir a aula do Eu num conceito pequenino, a primeira coisa que eu iria dizer é «Desfoca do “tenho de…”». Nós temos uma vozinha aqui dentro que está sempre a dizer «tu tens de, tens de, tens de…». Porquê? Porque quando éramos crianças fomos treinados para fazer uma série de coisas para agradar aos adultos, para agradar aos outros. Essa vozinha continua, é como se fosse a vozinha da minha educação, ou da educação da sociedade, e ela continua… Na realidade, é a voz do ego que, como força de sobrevivência, nos «ajudou» a sobreviver aos adultos, fazendo com que nos anulássemos para lhes agradar.
Porque é que nós, espiritualistas, estamos sempre a falar do que é que a sua alma quer, o que é que lhe apetece? Porque «o que me apetece» é uma manifestação da alma. E essa manifestação da alma, se você reparar, é extremamente reconfortante. Se você agora fechasse os olhos e se lembrasse do passado desta sua vida, iria notar que houve uma série de coisas que fez, por nada de especial. Não foi para ganhar dinheiro, não foi para ganhar estatuto, não foi para agradar ninguém, foi só porque sim. E essas coisas que você fez porque sim talvez tenham sido as que mais prazer lhe deram, as que mais o recompensaram emocionalmente. Espiritualmente falando, foram as que mais alimentaram a sua alma. E nós, se não tivermos a nossa alma alimentada, se não tivermos a nossa essência sadia, não vamos conseguir ser felizes.”
In Bom Karma – O Melhor das Vidas, de Alexandra Solnado
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