Quando oiço as musicas e tons de Gurdjieff a minha alma reencontra a terceira parte de si mesma - o misticismo.
Mas não o misticismo comum, mas um rumor profundo que habita dentro do meu Eu, assim como um rio subterraneo.
Alberto Iglesias é o compositor das emoções. Nele reencontro o meu caminho.
Em Eric Satie descubro o vulto do meu ser.
Cada um deles revela partes de mim, e muito curiosamente estabelecem uma geografia do conhecimento em mim.
Com Iglesias torno-me espanhol, a minha alma lameja despedaçar-se num orgasmo calorento do pó das estradas.
Satie dirige-me para o norte, para uma melancolia que define a minha alma. É uma sensação de frescura bucólica, um poema de Cesario Verde misturado numa cançao de Yann Tiersen.
E Gurdjeff ....dirige-me para o meu centro igneo.
Lembrei me de repente dos 4 evangelistas - Mateus, Marcos, Lucas e João, do seu simbolismo, a aguia, o leao, o touro e o anjo.
Cada um deles me direcciona para diferentes fragmentos dentro do meu Eu, e ao mesmo tempo centram-me neste fragmento unico, que esta na base de todos os outros pequenos eus.
Cada um deles procura revelar-me, cada um segundo uma maneira diferente. Todos me conduzem ao deserto, nesse deserto que procuro encontrar. Num deles é um deserto tórrido, de algum modo conhecido, mas cujo a minha alma deseja se submergir.
outro leva-me a procurar refugio, a buscar no silêncio das catedrais, nas feiras, no mar, a um tecido social que ainda não descobri.
E o ultimo leva-me ao oriente, a uma mistura de sociedade com isolamento, em que as aguas do Bosforo se confundem no deserto do Mestre terreno, a encontrar o Eu doloroso que se revela numa paixao de aridez.
Talvez todos eles despertem algo em todos, porque talvez todos eles tragam de volta a melodia da Vida, a melodia que o dia a dia nos faz esquecer.
Cada um deles procura revelar-me, cada um segundo uma maneira diferente. Todos me conduzem ao deserto, nesse deserto que procuro encontrar. Num deles é um deserto tórrido, de algum modo conhecido, mas cujo a minha alma deseja se submergir.
outro leva-me a procurar refugio, a buscar no silêncio das catedrais, nas feiras, no mar, a um tecido social que ainda não descobri.
E o ultimo leva-me ao oriente, a uma mistura de sociedade com isolamento, em que as aguas do Bosforo se confundem no deserto do Mestre terreno, a encontrar o Eu doloroso que se revela numa paixao de aridez.
Talvez todos eles despertem algo em todos, porque talvez todos eles tragam de volta a melodia da Vida, a melodia que o dia a dia nos faz esquecer.
‘Gurdjieff queria – e talvez essa fosse a sua mais alta vocação – despertar o homem comum para esse algo em si mesmo, de que ainda não tem consciência. Como o fazia, só podemos compreender através do seu trabalho.’
Músicas fantásticas. Onde fica a gárgula da música do Satie?
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