sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Eu...

Busco acima de tudo a mim mesmo. Como um cao esfomeado que anda faminto em busca de um alimento que seja como um rio de água viva. A ciencia e a espiritualidade surgem como caminhos que traço, mas que ficam ambos inconclusivos. Nenhum deles responde á questao – Quem sou Eu ? O que quero realizar? O que venho aqui fazer? Para onde irei?
Nenhuma resposta parece viavel de onde estou. Nao crer é doloroso porque enfrentamos o monstro da solidao, mas é tambem uma crença vazia, porque só a nossa existencia é prova de algo. A ciencia diz que nao existe sorte, troca-a por acaso ou alietoriedade que sao no fundo a mesma coisa.
A espritualidade trivial tambem apenas raspa por cima de quem somos essencialmente. Consegue despertar algo em nos, mas nao manter a chama. Mas a maior culpa é nossa. Creio, agora, ter compreendido uma ponta, bem pequena, menor que um atomo, do oculto das respostas. E essa compreensao é a que quando somos chamados a ocorrer a essa resposta do Divino, uma outra surge para a antagonizar. Uma puxa-nos para a liberdade ultima, a outra para uma escravatura.
Viver ou sobreviver torna-se a questao. No fundo de nos mesmos sabemos que  temos de viver, e sabemos o que fazer, mas falta-nos a coragem de o realizar. Continuamos a dizer que esse caminho nao é verdadeiro, apenas porque nao o conseguimos seguir. E continuamos a volta e as voltas, como as galinhas num galinheiro, a procura de outra soluçao...
Este ser que eu sou busca o Amor tambem, em todas as suas variantes. Busca uma utilidade que o expresse, mas encontra-se a percorrer tantos caminhos sem saber o que buscar. Nao me contento com pouco, mas a verdade é que nem pouco tenho.
Hoje, mais um hoje, entre tantos medos que penetram a minha alma, desafiei o vento. Rude e abrupto ele levava-me quase. Foi ai que senti uma centelha de uma centelha minha acender-se. Perceber que por vezes o limite é importante para nos conhecermos, que a vida precisa de um pouco de perigo real. Um pouco da natureza na nossa alma dessensibilizada ....

Sem comentários:

Enviar um comentário

Saboteur

Na nossa vida, o maior de todos os sabotadores somos nós mesmos. Uma parte de nós deseja brilhar, ser quem é,  triunfar, mas outra parte tem...