Nenhuma resposta
parece viavel de onde estou. Nao crer é doloroso porque enfrentamos o monstro
da solidao, mas é tambem uma crença vazia, porque só a nossa existencia é prova
de algo. A ciencia diz que nao existe sorte, troca-a por acaso ou alietoriedade
que sao no fundo a mesma coisa.
A espritualidade
trivial tambem apenas raspa por cima de quem somos essencialmente. Consegue
despertar algo em nos, mas nao manter a chama. Mas a maior culpa é nossa.
Creio, agora, ter compreendido uma ponta, bem pequena, menor que um atomo, do
oculto das respostas. E essa compreensao é a que quando somos chamados a
ocorrer a essa resposta do Divino, uma outra surge para a antagonizar. Uma
puxa-nos para a liberdade ultima, a outra para uma escravatura.
Viver ou sobreviver
torna-se a questao. No fundo de nos mesmos sabemos que temos de viver, e sabemos o que fazer, mas
falta-nos a coragem de o realizar. Continuamos a dizer que esse caminho nao é
verdadeiro, apenas porque nao o conseguimos seguir. E continuamos a volta e as
voltas, como as galinhas num galinheiro, a procura de outra soluçao...
Este ser que eu sou busca
o Amor tambem, em todas as suas variantes. Busca uma utilidade que o expresse,
mas encontra-se a percorrer tantos caminhos sem saber o que buscar. Nao me
contento com pouco, mas a verdade é que nem pouco tenho.
Hoje, mais um hoje,
entre tantos medos que penetram a minha alma, desafiei o vento. Rude e abrupto
ele levava-me quase. Foi ai que senti uma centelha de uma centelha minha
acender-se. Perceber que por vezes o limite é importante para nos conhecermos,
que a vida precisa de um pouco de perigo real. Um pouco da natureza na nossa
alma dessensibilizada ....
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