Sim, temos doces, sonhos, tortas, prendas, visitas.
Mas sempre houve uma especie de magoa.
Para a minha mãe são as saudades dos que já partiram.
Para mim é a reflexão do ano e como vou viver o proximo.
Ontem tive 3 conversas importantes. Com os meus melhores amigos e com outro ser.
A conversa com o meu melhor amigo deixou-me a pensar. Ele tem razão em afirmar que é o peso do passado que me faz olhar para o futuro desses dois modos - angustiado e romantizado.
Toda a minha vida preferi a vida sonhada á vivida, ou não seja eu um caranguejo, mas creio que isso me está a toldar a visão do presente.
A minha melhor amiga quando lhe falei deste treçolho interno que nunca mais desaparece disse-me : isso nao desaparece porque tu programaste isso, e só vai desaparecer até que o processo se conclua.
Esta palavra que ela usou fez me reflectir em como tenho programado toda a minha vida. Tudo a volta do que nao tenho. tudo á volta do que sonho. tudo porque me programo para a destruição.
E vieram me á memoria todos os episodios em que me programei para Não ser Feliz - as pessoas que me diziam sim e eu por timidez dizia nao, as oportunidades que rejeitei, os naos que disse porque achava que outros nãos estavam garantidos, etc.
Conclui que o passado ainda esta presente nas minhas crenças. Ja nao sou o rapaz que andava perdido nos corredores porque era e se achava diferente, mas Emocionalmente sou o mesmo.
Mas nao podemos apagar o passado. E como o meu melhor amigo disse - temos que pegar no que temos e pensar, o que posso fazer com isto?!!
Gosto de meditar. gosto do mundo espiritual. combato todos os dias as minhas crenças. A duvida persegue sempre. O caminho dá me sinais mas eu volto sempre á duvida. Mas Santo Agostinho dizia que era isso que caracterizava um homem de fé.
Vi algo que passava na tv. Depois andei a ver 2 documentarios do historia.
Nao tava com paciencia para filmes.
As 2h da manha peguei no livro que me ofereceram e pus me a ler um pedaço.
E la voltou a insatisfaçao que tinha no inicio da noite. Era uma insatisfaçao estranha. Nao era que o meu afilhado tava com febre, nao era que a minha vida têm sido derrotas, nao era a ausencia de sinais divinos. Era quase uma presença.
Percebi que tinha de falar com alguem.
E esta conversa veio ao de cima.
A quem acreditar em meditaçao, em comunicaçao psicosensorial, entao esta conversa foi com algo divino.
A quem nao acreditar, que pense como numa manifestaçao da minha mente, uma conversa comigo mesmo.
Onde estás ? Tu existes mesmo? O que é real?
Qual a tua história? E Garabandal? E medjugorje, sao reais ou mentiras?
E porque sou assim? Conseguirei ser feliz? O que posso mudar ? Porque tanta dor?
Já me tinhas sentido antes. Há muitas horas que me faço presente. Sempre aqui, na insatisfação do peito.
Sem o pensares, fui Eu que te dirigi para o video da Vicka. Fui Eu que te fiz duvidar e ao mesmo tempo te fazer lembrar dAquele dia.
Eu estou aqui. De onde nunca sai. Implementando quem Eu Sou no coração das pessoas. De mansinho, como uma rosa no meio das silvas. Como sempre foi, como sempre disse.
E a dor que não passa não é ?
O passado, a tua origem, o teu sofrimento, o teu futuro....achas isso assim tão Monstruoso? ou acaso não te faz a pessoa que és?
Porque não aceitas que tens muito para dar. Estas sempre no fisico. No que não gostas. no que Não queres. no que doi.....
Ja te disse que um cantaro cheio de amarguras não pode se encher da água da alegria. Aprecia a Vida! Assim como reciclas vidro velho e usado, em que o tornas algo diferente do que era, como fazes de uma caneca um porta canetas, assim podes fazer da vida.
A vida são possibilidades. Todas elas. Claro que todas as vidas procuram o Criador e a mutação das possibilidades. Mas lembra-te que é o trabalho interno que conta.
Não é o que fizeram de ti, mas o que podes fazer a partir dai .
Queres saber porque Deus se esconde ? Ele revela-se a todos os momentos na Tua Criação.
Texto sincero e introspectivo. Muito bem.
ResponderEliminarPor acaso, esse sentimento de balanço pessoal do ano de que falas costuma dar-me não tanto na noite de Natal, mas só na última noite do ano, na passagem de ano.