" Existe uma interminavel busca do ser no meio do espaço, perdidos no tempo, rasgando a cortina dos apegos, lançando-me na boca dos leões desconhecidos. A procura do deserto é isso mesmo - morrer na aridez, despojar o corpo e a alma da sua alimentação, encerrar a dor da mente na dor do corpo, cravar a dor no flanco, retirar o espinho da alma e po-lo na planta dos pes.
Quando somos quem somos, percebemos que somos caminho. entender que a tabua rasa somos nos é o mesmo que perceber que fora o apego, a memoria, somos um ser diferente.
Somos feitos do po..... o po do caminho, do deserto, da montanha.
Viver está no olhar, no sentir, na emoçao e no arrepio da alma. Esta no cheiro, na vibraçao, na brisa que nos traz o lugar, no frenito interno da alma, no tacto da parede quente e arrepiante, semelhante a lascas de madeira que vao-se espetando na nossa pele, cortando os capilares, esborrando sangue.
Ate que isso ocorra somos apenas destino e nao caminho.''
Cecilio Franco, 2011
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