A Carta da desintegração revela-nos algo que ocultamos da nossa consciência - a morte.
Se olharmos para a natureza reparamos como tudo é extremamente normal - todos os dias milhares de células dos nossos corpos morrem, as folhas das árvores caem, uma planta apodrece.
Tudo é singelo, natural.
Aliás quando uma iogurte está fora do prazo ou estragado simplesmente deitamos fora.
No entanto nas nossas relações, na nossa saúde, no nosso trabalho, sentimos um choque.
A morte rebenta a nossa estrutura egoica. Somos seres de apego.
De alguma forma nós passamos a vida toda a ignorar, a esquecer, a mentir, a tapar, essa realidade que é a desintegração.
É um processo tão natural como a própria natureza de tudo.
Se o velho não fosse, o novo não viria.
Quando esta carta sai, ela não significa apenas morte fisica que se aproxima, mas a morte de Estruturas, do velho mundo, de muitas concepções.
Deixemos-nos levar por essa desintegração e fraccionamento. Chegou a altura de nos nossas próprias vidas deixar de lado o que é velho - as ideias, os sonhos, as criticas, os dogmas.
É uma altura propicia para deixarmos levar aquilo que nunca nos levou a lado nenhum.
E neste processo catártico global que estamos a viver, não vivenciar apenas o drama mas a própria natureza de tudo.
Isto é natureza. Isto é o material do qual somos feitos.
Não é o momento de nada. Quietude, choro, aceitação.
Repensar para no futuro ressemear.
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