E eu fico aqui.
Na cadeira do café. No banco do shopping. No silêncio do quarto.
Com a sensação estranha de estar a ver a vida a acontecer… mas não para mim.
Não lhes desejo mal — pelo contrário.
A alegria deles até me comove.
Mas há qualquer coisa nessa alegria que me lembra tudo o que me falta.
Não é inveja. É ausência.
É o eco de um abraço que nunca veio.
É o espaço vazio ao lado na cama, no sofá, na vida.
É o nome que nunca foi dito com amor.
E então, mesmo quando sorrio por fora, o que me vem por dentro é esse pensamento:
“Como é que todos parecem saber viver… menos eu?”
Gostava de não sentir isto.
Gostava de olhar para eles e apenas sorrir.
Mas a verdade é que a alegria, a felicidade dos outros faz brilhar o meu próprio vazio com mais força.
E isso dói. Dói sem gritar. Dói sem se ver. Mas dói.''
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