'' Chuva ou bênçãos podem cair dos céus, mas se você erguer apenas um dedal, um dedal é tudo o que você recebe"
Ramakrishna
Este texto do Mestre Osho ajudou-me quando sentia/sinto que a vida não fluia/flui, quando vem a sensação de frustração, de estar perdido, de não saber o que fazer, para onde me dirigir....
Relaxe seu corpo e observe sua respiração.
E com Plena Atenção em sua respiração, momento a momento, a mente se aquieta e o corpo relaxa.
Pouco antes de Buda morrer alguém lhe perguntou: Quando um Buda morre, para onde ele vai – ele sobrevive ou simplesmente desaparece no nada?
Dizem que Buda respondeu: É exatamente como uma nuvem branca desaparecendo.
Então, perceba... Justamente nesta manhã havia nuvens brancas no céu. Agora, elas não estão mais lá. Para onde foram? De onde vieram? Como surgiram, e como se dissolveram novamente?
A nuvem branca é um mistério – o vir, o ir, o próprio ser dela.
Uma nuvem branca existe sem nenhuma raiz. Mas ainda assim existe.
A existência inteira é como uma nuvem branca – sem qualquer raiz, sem qualquer causalidade – ela existe. Existe como um mistério.
Uma nuvem branca não tem, na realidade, nenhum caminho próprio. Vagueia. Não tem onde chegar, não tem objetivo, não tem destino a ser cumprido. Não tem fim.
Você não pode deixar uma nuvem branca frustrada, porque onde quer que ela chegue, é a meta.
Se você tem uma meta, está destinado a ficar frustrado. Quanto mais a mente é orientada para uma meta, mais angústia, mais ansiedade e mais frustração possui – porque quando você tem uma meta começa a se mover em direção a um objetivo fixo.
E a existência inteira existe sem qualquer destino. O todo não está indo a lugar algum; não possui nenhuma meta, nenhuma finalidade.
Se você tem uma finalidade, está indo contra a existência – você ficará frustrado.
Uma nuvem branca deixa-se levar para onde quer que o vento a dirija – não resiste, não luta. Uma nuvem branca não é um conquistador, e mesmo assim flutua acima de tudo. Você não pode conquista-la, não pode vencê-la. Ela não tem nenhuma mente para ser conquistada.
Quando você está fixado numa meta, propósito, destino ou significado, quando adquire essa loucura de chegar a algum lugar, os problemas começam a surgir. E você acaba sendo derrotado – isto é certo. Sua derrota está na própria natureza da existência.
Uma nuvem branca não tem para onde ir. Movimenta-se, vai para todos os lugares. Todas as dimensões lhe pertencem, todas as direções lhe pertencem. Não rejeita nada. Tudo é, existe, numa total aceitação.
Por isso chamo meu caminho de “O caminho das nuvens brancas”, diz Osho.
E você, também poderia fazer do seu caminho, “o caminho das nuvens brancas”...
As nuvens brancas não tem caminho próprio – vagueiam. Caminho significa chegar a algum lugar. O caminho das nuvens brancas é um caminho sem caminho, uma trilha sem trilha. Movimentando-se, mas sem uma mente fixa – movimentando-se sem mente.
E isto tem de ser compreendido, porque objetivo é sinônimo de mente. Eis porque você não pode conceber uma vida sem objetivo: a mente não pode viver sem objetivo.
E as pessoas perguntam qual a finalidade da meditação. A meditação não pode ter nenhuma finalidade, porque a meditação é basicamente um estado de não mente – no qual você está, mas não vai a lugar algum; no qual simplesmente estar, ser, é a meta.
A meta está aqui e agora. Quando a meta está em algum outro lugar, a mente inicia a sua jornada. A mente começa a pensar, inicia um processo. Se o futuro existe, então a mente pode fluir, tem espaço para se mover. Com o objetivo vem o futuro e com o futuro vem o tempo.
Uma nuvem branca flutua no céu, atemporal – porque não há futuro nem mente para ela. Ela está aqui e agora. Cada momento é uma eternidade total.
Mas a mente não pode existir sem finalidade, assim ela continua criando propósitos.
Gostaria que vocês também se tornassem nuvens brancas, vagueando pelo céu; ouça bem... Vagueando... Não caminhando, não dirigindo-se para um ponto.
Esteja onde estiver, esse lugar é a meta. A meta não é algo que termina em algum ponto. A meta é o próprio momento.
Aqui, para mim, você já é um ser iluminado. Aqui, você já se realizou. Aqui, você já é tão perfeito quanto pode ser. É como um Krishna, um Buda, um Mahavir. Não tem mais nada para alcançar. Neste exato momento, tudo está presente – apenas você não percebe.
E você não percebe porque a sua mente está no futuro. Não está aqui. Você não está consciente do que está lhe acontecendo neste exato momento.
E tem sido sempre assim. Você tem sido um Buda – um ser desperto – o tempo todo. Nem por um momento isso foi perdido.
Mas você não percebe e não pode perceber porque sua meta está em algum outro lugar, em algo que tem de ser conseguido. Assim, você cria uma barreira e perde o que já é.
Uma vez que estado é revelado, uma vez que é compreendido, uma vez que se torna consciente dele, o maior mistério do ser é revelado – todo o mundo é perfeito.
A semente torna-se a árvore porque a semente já é isso. Uma pedra não pode tornar-se uma árvore. A semente torna-se a árvore porque a semente já é isso!
Assim, a questão não é de transformação, a questão é apenas de revelação. A semente revela-se nesse momento como uma semente; no momento seguinte, como uma árvore.
Portanto, essa é apenas uma questão de revelação. E se você puder penetrar nisso profundamente, verá que a semente já é a árvore neste exato momento.
OSHO
Se cada minuto tem 60 segundos, se cada hora tem 60 minutos, um dia tem 24 horas e um ano 365 dias, totalizando ao fim de um ano deveriamos ter milhões senão triliões de memorias do nosso dia a dia.
Contudo o nosso dia a dia parece quase um fantasma quantico, o que comemos ontem, o que fizemos nas horas que passaram a semana passada, os eventos dos anos que foram, tudo isso parece-se desvanecer.
Fica apenas um resto.
No entanto um resto que lembra aquelas saquetas de Sumo Tang, em que pomos em 2 litros de agua e temos um optimo sumo.
Mesmo as memorias mais ou menos de cada dia ou cada ano, vão desaparecendo apenas ficando aquelas mesmo boas, quer seja pela positiva ou negativa.
Alguns neurocientistas dizem que nós inventamos memorias. Ou melhor, o nosso cérebro edita as memórias que temos. Talvez seja como o computador que guarda no formato que melhor pode, reduz tudo ao minimo indispensavel.
De qualquer das formas passamos muito pela vida e de repente olhamos para tras e não temos ideia do que fizemos, comemos, bebemos, vimos.
Passamos a vida em branco, seja no passado como no presente.
Mas porque é que isso acontece?
Claro que o nosso cérebro guarda o mais importante e faz-nos focar no que é fulcral no momento.
Mas a maior razão é que as nossas vidas são feitas de nadas.
NADAS.
Lembram aquele jogo do Super Mário em que saltávamos de nuvem em nuvem, de plataforma em plataforma.
Passei noites e dias sem dormir
Pra chegar até aquiNa nossa vida, o maior de todos os sabotadores somos nós mesmos. Uma parte de nós deseja brilhar, ser quem é, triunfar, mas outra parte tem...